É numa casinha simples, no bairro Alpino, que nove pessoas dividem o apertado espaço: o casal e sete crianças, mas apenas uma trabalha para garantir o sustento da família. E, para tentar amenizar os problemas, a família conta com a ajuda do Lions Clube de São Bento do Sul, em mais uma de suas ações sociais.
Nesta semana, a diretora social da entidade, Vorlene Knoepke Chagas, visitou novamente a dona de casa Keiti da Cruz, que mora com o marido Valdir, com quem tem quatro filhos: Israel (6 anos), Sara (5), Sarieli (4) e Valdir Jr. (2). Na casa também vivem mais três filhos dele, Daniel (13), Thalia (12) e Thalita (10). Eles vivem na rua Antonio Grosskopf, nº 4, uma lateral da Estrada Paraná.
Durante a visita, o marido não se encontrava, pois estava em Blumenau trabalhando como pedreiro. A conversa da representante do Lions com a dona de casa foi acompanhada pelas crianças, todas bastante educadas e em silêncio. Algumas mais tímidas, outras esboçando sorrisos um tanto quanto introvertidos. O único dos filhos ausente no momento era Daniel, por estar brincando na casa de coleguinhas.
Questionada por Vorlene sobre o que gostaria de ganhar como ajuda do clube e da comunidade são-bentense, Keiti, 23 anos, respondeu com sua particular humildade: “Qualquer coisa está bom”. Porém, logo ela deixou transparecer um dos seus desejos: forrar a pequena residência. O mesmo pedido – de Natal – já havia sido feito pelo filho mais velho, Daniel, “para a casa ficar mais bonita”.
Integrantes do Lions Clube, contudo, já verificaram que a família precisa de outras doações, como roupas e calçados para as crianças, leite (dois dos filhos ainda mamam), roupas de cama, pelo menos um beliche, fogão e geladeira.
Crianças estudam
Com exceção dos menores, todas as crianças estudam no próprio bairro. Sara, Thalita e Israel são alunos da Escola Básica Municipal Professor Carlos Doetsch. Já Thalia e Daniel frequentam a Escola Básica Municipal Prefeito Antonio Treml.
Informações e contatos
Quem quiser ajudar deve entrar em contato pelos telefones 9205-1986 (Keiti) e 3635-6009 (Vorlene).
Marido é “muito trabalhador”, mas salário é insuficiente
Keiti conta que, apesar de conhecer pouco a vizinhança, com alguma frequência recebe ajuda com roupas e alimentação. Segundo ela, o “ordenado” (salário) do marido é insuficiente para todas as despesas do lar. Keiti, porém, elogia todos os esforços de Valdir, 33 anos, o qual procura que nunca falte nada em casa. “Ele é muito trabalhador”, diz.
A residência em que a família mora foi erguida pelo próprio Valdir, em um terreno que está sendo pago, aos poucos, à Empresa Municipal de Habitação (Emhab). Antes, eles moravam no bairro Lençol, em uma área considerada de risco. Na antiga casa, vários utensílios foram perdidos devido à umidade, segundo Keiti.