A votação dividida do PMDB na sessão da última segunda-feira acabou expondo algumas disputas internas do partido, que tenta se organizar para seguir os rumos no Legislativo. Na votação, os vereadores rejeitaram a proposta de reeleição da mesa diretora do parlamento. O que chamou a atenção foi que o PMDB votou a proposta de maneira dividida.
Após a sessão, a movimentação já era intensa em relação à discussão da sucessão presidencial. O vereador Francisco Kuhnen Neto (PMDB) disse que está decidido a disputar a presidência com qualquer que seja o candidato, ainda que seja a colega Ana Lúcia Piski, a qual também teria deixado claro seu desejo de concorrer ao cargo.
Discussões
Como restam somente duas sessões legislativas para encerrar o ano, agora os olhares se voltam justamente à sucessão do comando da Câmara. Para Francisco, o único receio é que o deputado Antônio Aguiar (PMDB) seja novamente acionado e tente interferir na escolha do presidente da Câmara. “Sei que a vereadora é próxima do deputado. Mas temos que ter a consciência de que ele não está aqui para saber tudo que acontece. Esperamos conseguir fazer o melhor para o Legislativo, a fim de manter a independência do mesmo”, encerra.
Conforme o vereador, será possível abrir mão da presidência apenas se for para o colega Adolar Bahr, que em sua visão reúne mais condições de comandar a Casa com a coerência necessária para garantir a idoneidade e independência da Câmara. “Vamos discutir com nosso presidente (Vilmar Grosskopf) para chegarmos a um denominador, mas podem ter certeza de que estaremos na disputa. Meus colegas Adriano (Grosskopf) e Adolar podem contar comigo se um deles desejar concorrer ao cargo”, disse.
Questionado sobre apoiar a vereadora Ana Lúcia, Chico foi claro ao afirmar que não há possibilidade de apoiar Ana Lúcia por conta dos posicionamentos que ela tem tomado, até mesmo se comprometendo a votar a favor de uma matéria e na hora mudar de ideia e votar de maneira contrária aos interesses do partido. “Estamos num projeto pela cidade e que passa pela união partidária. Estou do lado daqueles que entendem isso. Não posso concordar com alguns posicionamentos da vereadora, por isso − e muito mais − ela não terá meu apoio se decidir mesmo concorrer à mesa”, enfatiza.