Apesar de estar em seu primeiro mandato como vereador, Joelmir Bogo (UB) vivencia a política desde muito cedo. Seu tio, Nelson, foi vereador tanto em São Bento do Sul quanto em Rio Negrinho, e seu pai, Nivaldo, foi vereador em São Bento e chegou a concorrer a prefeito na eleição de 2020.
Além disso, o vereador lembra de outro amigo com o qual esteve envolvido com política, o ex-vereador já falecido Luiz Carlos Contezini, o qual, inclusive, empresta seu nome ao plenário da Câmara são-bentense. “Apesar de sempre estar envolvido, agora é diferente porque não saí pedir votos para outros, foi para mim”, destacou Bogo. “Meu propósito é mudar a política, mesmo que pouco. Não quero que a política me mude”, emendou.
Na última semana, ele esteve em A Gazeta e falou sobre o trabalho na Câmara. Bogo classifica como positivos esses primeiros meses como vereador, especialmente por conta da oportunidade de já chegar com a difícil missão de ser líder de governo. “Está sendo gratificante, um período de muito aprendizado. Ser líder de governo é uma oportunidade, mas a gente também vira vitrine”, disse.
Por ter a atribuição de defender os projetos do governo em plenário, o vereador diz que tem estudado a fundo cada um deles, buscando subsídios ao máximo para responder a toda e qualquer dúvida dos demais vereadores. “E, desde já, só tenho a agradecer ao prefeito Antonio Tomazini (PL) e ao vice, Tirso Hümmelgen (UB), pela confiança em mim depositada”, citou.
Mas, passados dois meses do início da nova legislatura, Bogo já percebeu que nada é simples. Exemplo disso está no fato de que, inicialmente, muitos pensavam que a base do governo teria sete vereadores. “A base rachou e, hoje, a base mais firme tem só quatro vereadores: três do PL e eu, do União Brasil”, disse.
De qualquer forma, o líder de governo acredita que, via de regra, apesar de alguns embates mais acalorados, os projetos tendem a fluir de maneira tranquila. Bogo cita como exemplo os projetos da última legislatura, quando cerca de 95% foram aprovados por unanimidade. “A administração, por ter tido 80% de aprovação, é porque é boa. Mas não é por isso que não poderíamos ter opinião contrária”, disse, referindo-se aos vereadores da base do governo.
Quanto às discussões quentes e aos embates políticos, o vereador diz que, por enquanto, tudo está dentro do processo democrático, onde a divergência de ideias existe, mas o respeito prevalece. “Os ânimos ficam mais acalorados às vezes. Mas todos estão pensando no bem da comunidade e, acima de tudo, o respeito tem prevalecido”, analisa.
Ainda em relação à sua atuação como vereador, Joelmir Bogo diz que se dedica basicamente ao cargo, tendo se afastado de sua empresa. No começo, ele imaginava ter que se dedicar 80% à política e 20% ao negócio, mas logo estava com 90% na política. “E, hoje, já brinco que estou 110% na política, porque minha dedicação é integral. Tem dias que chego a ficar 12 a 14 horas na Câmara, principalmente em dias de sessão, ou então estou nas ruas”, conta.
Mesmo diante da correria do dia a dia, Bogo se diz contente e animado, especialmente porque alguns resultados de seu trabalho já começaram a surgir. “O maior pagamento do político é quando vê que pôde contribuir com a população”, concluiu.
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