Grupo fortalece luta contra o diabetes tipo 1

Iniciativa de São Bento do Sul une pacientes e promove acesso a insumos e acolhimento diário

• Atualizado 1 meses atrás.

Otávio convive com o diabetes tipo 1 e falou sobre sua rotina na Câmara de Vereadores (Foto: Divulgação)

Criado em 2021, o Grupo de Apoio à Pessoa com Diabetes Tipo 1, de São Bento do Sul, surgiu como forma de auxiliar pacientes e familiares que convivem diariamente com esse tipo de condição. No início, eram apenas 11 pessoas, mas, no ano passado, o número subiu para 88, e hoje o grupo atua na aquisição de itens indispensáveis, como canetas de insulina, glicosímetros, rodas de conversa, apoio emocional etc.

Idealizado no município pela médica Andrea Cristina Batista Betkowski Duvoisin, o grupo foi pensado para acolher pessoas que convivem com esse tipo de diabetes. “O grupo foi formado através do WhatsApp e os encontros surgiram com a necessidade de essas pessoas se conhecerem e trocarem experiências de vida perante a doença. Com o grupo, houve união, troca de informações sobre a doença, apoio emocional aos recém-diagnosticados e, ao mesmo tempo, conscientização de todos os pacientes e familiares sobre a imprescindibilidade do autogerenciamento e do autocuidado diário”, explica.

O foco das ações do grupo está nos pacientes que convivem com diabetes mellitus tipo 1, uma doença complexa que causa deficiência na produção de insulina, hormônio responsável pelo metabolismo do açúcar. Dentre as ações já realizadas pelo grupo, a principal foi a aquisição de 200 canetas de insulina, 10 glicosímetros, mil tiras de testes de glicemia capilar, mil lancetas e mil agulhas, por meio de doações pessoais e de empresários locais aos pacientes com DM1 que sofreram perdas na enchente do Rio Grande do Sul”, revela Andrea.

Rotina e cuidados
Marlene Dybas Becker, mãe do jovem Otávio, que convive com diabetes tipo 1, utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul na sessão de terça-feira para falar sobre o tema. “O projeto de lei 2.687/22 foi aprovado pelos deputados federais e senadores em dezembro de 2024 por unanimidade. Ele busca classificar pessoas com diabetes tipo 1 como pessoas com deficiência. Entretanto, em janeiro, o presidente vetou! Imaginem vocês ficarem 10 minutos sem respirar. É difícil, né? Essa é a vida da pessoa com diabetes tipo 1, ela não pode ficar sem insulina porque morre”, frisou.

Conforme ela, mais de 600 mil pessoas são afetadas pela doença durante toda a vida. “O próprio sistema imunológico da pessoa ataca o pâncreas, deixando de produzir a insulina. Sem doses diárias de insulina, pessoas que vivem com diabetes tipo 1 não são capazes de sobreviver”, disse.

Visibilidade
Ao utilizar a palavra, Otávio narrou a breve história de um jovem que levava uma vida normal, com boa alimentação e exercícios, até que os sintomas, como muita sede, urina constante e fome extrema, o atingiram. “São várias injeções diárias, furos nos dedos, cálculos constantes sobre alimentação e atividades físicas, visitas constantes ao hospital. Essa é a minha história e de muitos outros que convivem com essa condição”, comentou.

Conforme o jovem, a disponibilização de sensores contínuos de glicose e a visibilidade da doença, com campanhas e capacitações, auxiliaram muito quem sofre com isso. “Já que nosso presidente não quer nos ajudar, vocês podem”, disse aos vereadores. “Se cada um de vocês puder ajudar um diabético, já valeu muito a pena”, completou.

Ao final de sua fala, Otávio mostrou um pote de vidro com diversas canetas de injeções de insulina já utilizadas por ele. “São 1,2 mil furos nos dedos, é muita coisa. Imagina uma criança de seis anos, que é o paciente mais novo que a Dra. Andrea tem, se furar cinco ou seis vezes por dia! O sensor não traz só luxo, ele traz a inibição da dor para essas crianças”, concluiu.

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