Domingo, 4 de maio de 2025

Gilmar Andalício: da fazenda para as quadras de basquete

Atualmente, ele é treinador em São Bento do Sul e ainda representa o país na categoria master

• Atualizado 1 meses atrás.

Com seus imponentes 2,02 metros de altura, Gilmar Cirino Andalício é uma presença marcante na cidade. Paulista de origem, ele adotou São Bento do Sul como seu lar há 32 anos. Ao longo desse tempo, vivenciou muitas histórias e experiências, tanto como jogador quanto como treinador de basquete, tornando-se uma figura influente na modalidade.

Gilmar nasceu em 1963 em Igarapava, município que fica no interior de São Paulo. Ele cresceu na fazenda São Geraldo ao lado dos pais e de mais sete irmãos, próximo à Usina Junqueira, que produzia cana, álcool e açúcar.

A sua vida foi marcada por perdas precoces: aos nove anos, lidou com o falecimento do pai, vítima de um AVC, e dois anos depois, enfrentou a perda da mãe. Sendo o caçula da família, contou com o suporte de seus irmãos mais velhos, que o criaram e o ajudaram a superar essa fase tão difícil.

Mesmo criança, ele sempre foi fascinado pelo esporte. Jogou futebol e vôlei, mas foi no basquete que começou a ganhar destaque, aos 15 anos. Nessa época, recebeu um convite para jogar no Franca Basquetebol Clube, mesmo com pouco tempo de treino. No entanto, devido à sua idade e às mudanças significativas que implicaria, seu irmão decidiu que não era o momento adequado para aceitar a oferta.

Com 19 anos, Gilmar começou a trabalhar na usina, onde sua família também estava empregada. Gradualmente, foi assumindo cargos de maior responsabilidade, passando a cuidar da parte de lubrificação. Ele permaneceu na empresa até os 24 anos, equilibrando o trabalho com a prática de esportes nas horas vagas, embora não fosse federado.

Ainda em sua cidade natal, começou a participar de amistosos e chegou até a enfrentar o time de Franca, que já competia na liga nacional. Mais tarde, recebeu um convite para jogar em Orlândia, cerca de 50 km de Ouro Preto. Como já era maior, decidiu por si mesmo aceitar a oportunidade.

Gilmar dividia o seu tempo entre os treinos e o trabalho em um frigorífico. Lá, teve a chance de disputar a segunda divisão e a enfrentar times que estavam se sobressaindo na modalidade.

Não demorou muito para o jogador receber convites de outras equipes, até ser transferido para Ribeirão Preto, onde permaneceu de 1987 a 1991. “Fomos campeões em 1988 e subimos para a primeira divisão”, recorda.

Chegada em São Bento
No início dos anos 90, Gilmar passou a jogar por Uberlândia quando ficou sabendo que São Bento estava formando uma equipe para os Jogos Abertos, com o patrocínio e suporte da Tuper, e decidiu se juntar ao time. Aqui, participou dos Jogos Regionais e, durante um aquecimento para as partidas oficinais acabou quebrando a tabela do ginásio, o que impressionou todos os presentes. Após esse feito notável, o atleta começou a se destacar e a fornecer entrevistas, estabelecendo-se na cidade.

Gilmar encerrou oficialmente a sua carreira como jogador no início dos anos 2000, mas continua ativo no esporte. Hoje, ele é treinador das categorias sub-12 e 13 de basquete, nos naipes masculino e feminino, e vem conquistando vários troféus e medalhas para o município.

Ao mesmo tempo segue como atleta da seleção brasileira de basquetebol master, onde foi vice-campeão panamericano em abril, em Yucatán, e no próximo ano deve participar de um mundial na Suíça. Além disso, representa o Espírito Santo no Campeonato Brasileiro.


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