Uma situação lamentável vem ocorrendo na Rua Bertha Pscheidt, no bairro Serra Alta. O morador Rafael Bertoli entrou em contato com A Gazeta para relatar a morte de sua gata por envenenamento. O caso ocorreu na semana passada, na terça-feira, dia 10. De acordo com ele, essa não é a primeira vez que perde um animal por conta de envenenamento. “Há alguns anos, nosso cachorro foi envenenado”, expõe.
No ano passado, o gato da irmã também sofreu o mesmo destino, na mesma rua. “E há duas semanas, a gata dela também foi envenenada. Por sorte, ela encontrou o animal com vida e correu para levar ao veterinário, conseguindo salvar”, afirma. Além disso, Rafael já soube de outros casos semelhantes na rua, embora alguns não tenham sido reportados formalmente, o que dificulta a quantificação exata dos incidentes.
Na semana passada, ao encontrar a gata morta, ele descobriu um pedaço de salsicha com chumbinho, que acredita ter sido jogado para envenenar outros dos seus animais. “Os cachorros estavam presos no dia, então, por sorte, encontramos o pedaço de salsicha antes de soltá-los”, comenta.
Animal dócil
Rafael não sabe o motivo exato para as mortes, pois sua gata, Samy, era dócil e vivia dentro do cercado de sua casa. “Nossa gata era castrada e estava há quatro anos conosco. Só ficava no terreno, que é todo murado, ou seja, a pessoa que está fazendo isso, está jogando por cima do muro o veneno”, esclarece.
O tutor já realizou boletim de ocorrência. Para evitar novos casos, o são-bentense afirma que instalará câmeras de segurança na sua residência.
Crime
No Brasil, envenenar animais é um crime de maus-tratos, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A pena varia de 3 meses a 1 ano de reclusão, além de multa, podendo ser aumentada se o crime for cometido de forma cruel ou causar a morte do animal. Inclusive, quando se tratar de cão ou gato, a pena imposta é de reclusão de dois a cinco anos. A pena também pode ser agravada se o veneno causar sofrimento prolongado ou se o ato for praticado em grande escala.
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