As constantes quedas no fornecimento de energia elétrica continuam causando prejuízos aos produtores rurais de Piên. No setor agrícola os prejuízos são significativos, especialmente nesta época, quando o fumo está sendo secado nas estufas movidas a energia elétrica. O tabaco é a principal cultura da economia do município e, com problemas de secagem nas estufas, o fumo perde qualidade e, consequentemente, valor na hora da comercialização.
O fumicultor João Vieira Portela, que reside no bairro Cachoeirinha, ficou com suas estufas paralisadas por mais de 12 horas após o temporal da semana passada. Segundo ele, duas estufas totalmente carregadas de tabaco, com cerca de mil quilos cada uma, foram comprometidas. Em seus cálculos, o prejuízo pode ultrapassar os R$ 20 mil. “Ainda não pude abrir as estufas para não comprometer o restante das plantas, mas creio que vou vender esse fumo a um preço médio de R$ 1 o kg, enquanto pretendia vender por mais de R$ 11 antes da queda de energia”, lamenta.
Indenização
Conforme levantamento do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piên, somente em 2017, mais de 40 produtores entraram na Justiça contra a Copel solicitando o ressarcimento devido a prejuízos causados pelas quedas de energia elétrica. De acordo com o técnico do sindicato, Diogo Malinowski, neste ano mais de 60 produtores já procuraram a entidade em busca de indenizações por prejuízos causados pela interrupção no fornecimento de energia.
Mais informações sobre fornecimento de energia no jornal impresso desta quarta-feira (7).
