O que deveria ser um espaço de uso coletivo, democrático e de lazer tem ficado, a cada dia que passa, com a cara da falta de educação e do vandalismo. A Praça Henrique Loyola, em Serra Alta tem sido alvo constante de vândalos, bêbados e desocupados. E, por conta disso, agora nem mesmo os feirantes querem retornar ao espaço para vender seus produtos coloniais.
Quem passa pela rua Otto Eduardo Lepper, em Serra Alta, nas manhãs de sábado, observa algumas barracas ao lado dos pontos de táxi e ônibus existentes em frente à praça. O comércio dos produtos coloniais tem sido realizado nestes espaços, apesar de existir uma construção específica para os agricultores dentro da Praça Henrique Loyola.
Secretário já está ciente do problema
O secretário de Agricultura Lirio Volpi informou que vai buscar nesta semana mecanismos que ajudem a solucionar o problema. De acordo com ele, alguns nem desejam mais voltar para o local por não se sentirem seguros, especialmente pelo fato de algumas pessoas ficarem rodeando as barracas nos horários de atendimento − aos sábados, entre 5 e 12 horas. “Me trouxeram os fatos, e nós vamos estudar maneiras de reverter essa situação. O que não podemos é permitir que a feira fique prejudicada, muito embora alguns produtores já decidiram que não têm interesse em voltar a atuar na praça”, disse.
Para Volpi, é necessário realizar um trabalho não apenas para garantir o espaço para os feirantes, mas para ampliar as oportunidades e fazer com que a comunidade seja privilegiada. “Temos centenas de pessoas que buscam os produtos da colônia. Sinceramente, não podemos permitir que o vandalismo e o descaso de pessoas sem comprometimento até com suas famílias acabem com o projeto”, acrescentou. Enquanto uma providência definitiva não é tomada, alguns comerciantes garantem não voltar para o comércio em Serra Alta.
A razão das mudanças está no vandalismo. Não bastasse o quebra-quebra nos sanitários e lixeiras espalhados pela praça, vândalos ainda deixam um rastro de sujeira após passarem parte do tempo no local. Mas são apenas vândalos, muitos desocupados passam tardes e noites no local ingerindo bebida alcoólica e consumindo drogas.
Nos banheiros, basta abrir as portas para encontrar, além da sujeira nos sanitários, muito lixo jogado no local, torneiras quebradas e portas arrombadas. Uma porta de alumínio interna está destruída devido a chutes. A comunidade já solicitou reforço na segurança do local, mas ainda não foi atendida.
Além de tudo, o mau cheiro no local é intenso, pois alguns não se intimidam e fazem suas necessidades fisiológicas no interior da construção que deveria sediar a feira livre aos sábados. Os feirantes preferem nem se identificar para evitar represálias por parte dos vândalos e desocupados. “Estamos perdendo clientela. Não tem condições de instalarmos o comércio no local por conta da sujeira e do odor forte de urina que existe na praça”, disse uma comerciante que já mudou de local.
Outro pedido, que não é apenas dos feirantes, mas dos moradores, é para que a Prefeitura dispense um pouco mais de atenção aos moradores de Serra Alta fazendo a manutenção e limpeza do local. Com o período de férias, o mato começa a tomar conta do ambiente.
