Quinta-feira, 15 de maio de 2025

Famílias relatam que falta de ônibus afeta alunos da Apae de São Bento do Sul

Mãe de uma das atendidas entrou em contato com A Gazeta

• Atualizado 6 horas atrás.

Frota é equipada com acessibilidade, conforme a legislação, diz a empresa (Foto: Zuciane Peres / Arquivo / A Gazeta)

Faz quase 20 dias que alguns alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Bento do Sul não conseguem ir aos atendimentos por causa da ausência do transporte adaptado. O serviço não está sendo realizado, e a justificativa repassada às famílias é de que o ônibus estaria “estragado”.

Uma das mães, Janete Aparecida dos Reis, entrou em contato com A Gazeta para expor a situação, pois a única forma de sua filha, Mirian, comparecer à Apae é por meio do transporte. Ela conta que a filha não é cadeirante, mas também depende do serviço, e que a família está sem alternativas. As duas residem no bairro Rio Vermelho Estação, e, como Mirian exige cuidados constantes, Janete não consegue trabalhar nem se ausentar de casa, já que a filha não está podendo frequentar a Apae.

“Nossos filhos precisam de atendimento diariamente. A minha filha não fala, tem convulsões, usa fraldas. Eu preciso buscar fraldas e remédios para ela na farmácia, mas não tem como sair de casa, porque só eu posso pegar, por causa do CPF. É bem complicada a vida da gente”, desabafa.

Segundo ela, o grupo de mães já entrou em contato com a ouvidoria da empresa Coletivos Rainha, responsável pelo transporte, mas, até agora, nenhuma solução foi apresentada. “A gente já correu tanto e ninguém resolve nada. Simplesmente falam que está estragado e não tem outro. A Rainha, com tanta frota de ônibus, dizer que não tem um ônibus? Estamos todos à mercê deles, sem poder fazer nada”, pontua.

Resposta
A Gazeta entrou em contato com a empresa Coletivos Rainha para obter uma resposta sobre a situação e, em nota, a empresa informou que toda a frota de veículos do município dispõe de acessibilidade em conformidade com a legislação vigente.

“Adicionalmente, informamos que o serviço de transporte acessível com deslocamento porta a porta é um serviço complementar ofertado na cidade de São Bento do Sul, em linha com as melhores práticas encontradas pelo país. Este serviço é regido por legislação específica, sendo que o Município conta com um veículo para atendimento regular e um segundo como reserva. O veículo principal encontra-se em plena atividade, e o veículo reserva está em manutenção. Cabe ressaltar que este serviço tem uma capacidade limitada de atendimento, com acesso determinado pela Lei nº 3.577, de 07 de agosto de 2015. Diante das informações acima, não há razão para alegação de que exista impedimento para as crianças frequentarem as aulas”, encerra a nota.


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