Na tarde de quarta-feira (3) foi realizada uma coletiva de imprensa com advogados e familiares de Maria de Lourdes de Melo, são-bentense que foi vítima de um atropelamento na semana passada. O acidente fatal ocorreu na Rua Capitão Ernesto Nunes, no bairro Progresso, próximo à Panificadora Bertovan.
O caso está sendo acompanhado pela advogada Ana Claudia Candatten, com o auxílio do advogado Nilton Ribeiro, de Curitiba, especialista em soluções criminais. Ele aproveitou o momento para enfatizar que, independentemente das condições climáticas ou do horário do dia, as regras de trânsito não mudam. “A dona Maria teve a sua vida ceifada quando passava pela faixa de pedestres. É um alerta para toda a sociedade de São Bento do Sul. Qualquer um pode perder a vida numa situação como essa”, destacou Ribeiro.
Ele explicou que o intuito da coletiva era justamente mostrar para a mídia que o fato não ficará impune e a justiça precisa ser feita, tanto na esfera criminal quanto na esfera civil. “Ambas são importantes porque o fato foi monstruoso, ao meu ver, e merece uma punição exemplar”, afirmou.
Já Ana Claudia fez um apelo para que as autoridades do município investiguem o caso e tomem as medidas judiciais cabíveis em relação à responsável por este atropelamento. Inclusive, contou que esteve diversas vezes na delegacia cobrando celeridade no inquérito policial. A expectativa, conforme os profissionais, é de que a motorista seja indiciada por homicídio culposo, no mínimo, e até homicídio com dolo eventual – quando uma pessoa, embora não tenha a intenção direta de matar, assume o risco de causar a morte de outra.
Outro ponto que levou os advogados e a família a organizar a coletiva de imprensa foram as manifestações feitas na internet, onde muitas pessoas começaram a alegar que o local era escuro, havia pouca sinalização e ainda chovia no momento da ocorrência. Ou seja, a culpa estava sendo atribuída à vítima. Porém, imagens de uma câmera de segurança mostram que ela estava caminhando na faixa de pedestres.
Família sofre
O viúvo, Arnascle de Melo, expressou a sua indignação e clamou por justiça. Ele contou que a família segue sem chão e sem saber o que fazer diante da situação. “É um vazio imenso”, declarou.
Os filhos, Henrique de Melo, Arnascle de Melo Júnior e Jorge Rodinei de Melo compartilharam a falta que a mãe faz, não só pra eles, mas para os netos que conviviam muito com ela. “Eles choram e sentem muita falta”, comentaram.
As noras também lamentaram a tragédia. “Dona Maria era maravilhosa, estava sempre presente. Estamos querendo uma explicação”, disse Shirlei.
Leia a matéria completa na edição do jornal impresso desta quinta-feira (4).
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