Morador do bairro Progresso entrou em contato com A Gazeta para falar sobre o excesso de fios nos postes de iluminação pública da cidade. Segundo ele, a situação já ultrapassou o limite do aceitável. Recentemente, um caminhão que saía da Rua Jacob Koch para entrar na Frederico Rückl, no bairro Progresso, enroscou-se em parte da fiação, deixando-a mais baixa.
Conforme o morador, a situação está cada vez mais complicada no município. “Uma porquice! A Celesc exige muita coisa de nós, exige poste padronizado, mas isso já virou uma terra sem lei. É preciso fazer uma fiscalização rigorosa nessas operadoras”, ressaltou.
As operadoras às quais o morador se refere são as fornecedoras de sinal de telefonia e internet. “Sabemos que há moradores que ficam de aluguel, saem e os fios ficam pendurados. Aqui na Jacob Koch, o próximo caminhão que passar vai enroscar em tudo. Além disso, o visual fica muito feio”, frisou.
Carlos Becker, diretor regional da Celesc em São Bento do Sul, citou que em meados de novembro do ano passado mais de 500 quilos de cabos foram recolhidos da rede. “Temos outras operações programadas, mas estamos sendo muito cuidadosos porque às vezes é necessário cortar a fiação de centros comerciais, lojas e fibra de internet. Portanto, estamos notificando quando encontramos algo assim na rua”, explicou.
O procedimento padrão, segundo Carlos, é a notificação das operadoras. “Identificamos o problema, notificamos a operadora e damos um prazo, considerando a gravidade do que encontramos. Se for algo com risco iminente, avisamos no grupo com as operadoras e falamos sobre o risco. Se não resolverem de imediato, vamos lá e fazemos a retirada desse cabo”, disse.
Problema comum
Apesar de ser uma situação comum em alguns pontos da cidade, o atendimento nesses locais visa não interferir no fornecimento de telefonia ou internet. “Isso acontece bastante em nossa região, principalmente em laterais onde não se prevê a circulação de veículos mais altos, e eles acabam puxando o cabeamento. Embora não seja responsabilidade da Celesc, temos essa preocupação principalmente por conta do risco. Uma vez acionados pelo 0800 048 0196, que é o atendimento emergencial, ou um canal presencial, sempre analisamos primeiramente o risco e fazemos o encaminhamento para a operadora. Quando o risco é baixo, fazemos essa notificação para a operadora. Quando não é possível esperar esse prazo, tomamos uma atitude imediata”, ressaltou Becker.
Lei específica
Em novembro de 2022, o prefeito Antonio Tomazini sancionou uma lei proposta pelo vereador Adriano Reinhardt, o Chicão (PP), sobre o uso do espaço público para instalação e manutenção da fiação. A lei, em seu artigo 4º, cita que essas instalações não podem obstruir a circulação de veículos, pedestres ou ciclistas, nem contrariar o código de postura do município.
Chicão enalteceu o trabalho da Celesc, que já realiza os procedimentos juntamente com as empresas que compartilham dos postes. “Eles têm um cronograma para fazer isso com as empresas que usam a estrutura dos postes da Celesc, mas a demanda é grande. Em relação ao Executivo, eles fecham os olhos e estão passando por cima. Se cria lei, mas nada funciona em São Bento do Sul”, lamentou.
A Prefeitura de São Bento do Sul, por meio da assessoria de comunicação, informou que o município tem auxiliado nessa questão. “A prefeitura orienta que, caso o cidadão encontre alguma irregularidade desse tipo, acione a ouvidoria da Prefeitura ou a Secretaria de Obras, que imediatamente irá encaminhar aos responsáveis para proceder com o reparo”, diz a nota.
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕