Thayenne Dancini conseguiu realizar o sonho que poucos brasileiros conseguem: entrar para o Exército dos Estados Unidos. Nascida em Curitiba, a jovem de 24 anos passou boa parte da juventude em São Bento do Sul, mas há seis anos, junto com a família, escolheu o país norte-americano como morada. Conciliando as aulas de enfermagem com o emprego de garçonete, a vida de Thay começou a mudar em maio de 2021.
Foi nesta época que ela decidiu se tornar uma soldada americana. “Eu sempre quis entrar no exército, mas no Brasil não deu. Por isso escolhi o americano, já que moro aqui. E também é uma honra, sou apaixonada por este país”, destaca.
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Como foi o processo
O alistamento militar não é apenas para quem nasceu no país americano, mas há requisitos que precisa seguir. Para poder se alistar, precisa do Green Card (documento para morar e trabalhar nos EUA), ser saudável e não ter problemas sérios de saúde, como asma, problema de coração e cirurgias sérias.
Também precisa realizar a bateria de Aptidão Profissional para Serviços Armados (ASVAB), que consiste em testes que os militares dos EUA usam para julgar a adequação de potenciais recrutas. “É uma prova estilo Enem. De acordo com a sua nota, o sistema vai abrir trabalhos para você, se tirar nota baixa, vai abrir trabalhos mais ruins. Notas altas você consegue ser engenheiro, serviço de inteligência, e por último precisa passar em um teste físico”, explica.
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Longo treinamento
Após ter passado no ASVAB, durante três meses ela precisou enfrentar um longo treinamento, como caminhada marchando por 16 quilômetros com mochila de 30 quilos nas costas, aprenderam a atirar com rifle M4, jogar granada, além de atividade física todos os dias. “É igualzinho uma cadeia. As roupas e comida só deles, sem eletrônicos por 12 semanas, só falando por carta com os familiares”, explica.
Thay conta que após ter conseguido tirar uma boa nota no ASVAB, conseguiu entrar para o trabalho na área médica, sendo ativa no exército e treinando em período integral em medicina de combate.
Para quem quiser seguir os passos de Thay no exército americano, ela aconselha aprender o inglês para conseguir passar no ASVAB. “Mas o mais importante é conseguir o green card, que é a parte mais difícil”, afirma.
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