Sábado, 7 de junho de 2025

Estudantes da escola São Bento cortam os cabelos para doação

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• Atualizado 10 anos atrás.

Pentear os cabelos é hábito tão banal que poucos lembram de quem perdeu os seus durante a luta contra o câncer. Ao assistir a uma reportagem na televisão, em abril deste ano, a estudante Milene Martins, da escola São Bento, se sensibilizou e teve vontade de cortar os próprios cabelos para doar. “Mas fiquei um tempo sem lembrar disso”, recorda.

Alguns meses depois, a pizzaria da família de Lara Cristina Lang, de 9 anos, aluna do 4º ano da mesma escola, realizou uma campanha para aumentar o movimento do estabelecimento, por ser a única fonte de renda da família para pagar os tratamentos da menina. Lara sofre de leucemia desde os três anos de idade e, embora os tratamentos sejam custeados pelo SUS, os gastos adicionais com viagens, remédios e alimentação são bancados pela família.A imagem da criança com pouquíssimos cabelos chegou aos olhos da pequena Brenda Kamilly Dias, 7 anos, também aluna da escola São Bento. “Minha filha viu aquela foto e me disse que, por ter tanto cabelo, gostaria de ajudar alguma criança daquelas”, relata Joelma, mãe da Brenda.

 

Lara

A menina Lara segue com a rotina de quimioterapia a cada 15 dias no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Por causa da baixa imunidade, ela precisa ficar longe de aglomeração de pessoas, e a professora Juliana dá aulas para ela em casa mesmo, durante a manhã. A menina faz tratamento contra a doença em Curitiba desde 2007. No momento, ela está com os cabelos um pouco compridos, mas já ficou sem nada e também possui uma peruca. “Quando estive no hospital onde ela se trata, vi a felicidade das crianças ao receberem uma peruca. Sem dúvidas, é um gesto nobre levar essa alegria para crianças e adultos doentes”, relata a professora Juliana.

Após a menina cortar o cabelo, Milene se lembrou do programa, e a vontade de cortar o cabelo para doar voltou. A preocupação da menina era encontrar uma entidade que aceitasse doação de cabelos. A professora da menina Lara, Juliana Mildenberger, auxiliou nessa parte, ao verificar que no Hospital Pequeno Príncipe, onde Lara faz quimioterapia, existe uma associação que possui banco de mechas. “Infelizmente, a pessoa que recebe esse tipo de doação se encontra de férias durante algumas semanas, mas assim que voltar vamos entregar as doações”, relata a professora Juliana.

A primeira a cortar os cabelos foi a própria Brenda, seguida da prima Milene e das amigas Raíssa, Jhenifer e Juliana. Outras meninas também manifestaram interesse em fazer a doação dos cabelos.
A intenção delas, agora, é fazer mais arrecadações na escola e na cidade, e conversar com a associação para auxiliar na campanha de conscientização. Como Lara é aluna da escola e passa por quimioterapia, a questão sensibiliza diretamente diversos alunos. “Qualquer tipo de cabelo pode ser doado, até os tingidos, com comprimento a partir de 10 centímetros”, explica Milene.

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