A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump gerou um alerta para as empresas exportadoras de Santa Catarina. Diante do impacto imediato sobre contratos e receitas, muitas companhias já avaliam a adoção de medidas judiciais para garantir a continuidade de suas operações.
Embora Santa Catarina tenha registrado, em 2024, um dos maiores volumes de exportações da sua história — mais de US$ 11,7 bilhões, segundo o Observatório da FIESC —, a medida protecionista dos Estados Unidos ameaça diretamente esse desempenho. O estado tem nos EUA seu principal parceiro comercial, com destaque para os setores de carnes, móveis, madeira, motores e equipamentos elétricos.
O setor moveleiro foi o primeiro a sentir os efeitos da nova tarifa. Empresas relataram o cancelamento imediato de propostas e contratos firmados com compradores norte-americanos, que alegam inviabilidade econômica diante da alta tributação. A quebra inesperada de receitas compromete o cumprimento de obrigações com fornecedores, instituições financeiras, funcionários e o próprio fisco.
Nesse cenário, especialistas alertam que o caminho judicial pode ser uma alternativa para muitas empresas. “A recuperação judicial se apresenta como uma medida necessária e estratégica para reorganizar passivos, proteger empregos e manter a atividade empresarial”, afirma o advogado Tullo Cavallazzi Filho.
O momento, segundo ele, exige ações rápidas e coordenadas por parte das companhias atingidas. “Essas empresas precisam fazer um diagnóstico preciso de sua situação jurídica, contábil e financeira e avaliar a necessidade de reorganização de suas dívidas obrigações.”
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