Uma leitora de Campo Alegre procurou A Gazeta para expressar sua indignação com a forma como está sendo conduzida a obra na Serra Dona Francisca. A intervenção, que interditou totalmente a via em plena sexta-feira (10), dia de maior movimento turístico, gerou insatisfação entre comerciantes e profissionais do setor. Na carta enviada à redação, ela questiona a falta de planejamento e a escolha do dia para a execução dos trabalhos, destacando os prejuízos que a medida pode trazer à economia local.
Leia a carta na íntegra:
É inconcebível que, numa cidade turistica, com intensa movimentação entre sexta e domingo, uma operação desse porte seja realizada justamente na sexta-feira. Mesmo com a chuva, que já compromete o fluxo, ainda decidem interromper completamente a estrada — o principal acesso à cidade.
Engenheiros e responsáveis pela obra deveriam ter previsto o impacto dessa decisão. Onde está o planejamento? Onde estão o Contur, a Prefeitura e os órgãos de turismo e infraestrutura? Como permitem que uma intervenção dessas aconteça sem considerar o prejuízo coletivo?
Quantas panificadoras, doceiras, restaurantes, pousadas e comércios deixarão de faturar neste fim de semana? Tudo por pura falta de organização e de um cronograma adequado. Se a explosão não pôde ocorrer na quinta por conta da chuva, que fosse adiada para segunda-feira.
A cidade depende integralmente dessa serra. Nós, que trabalhamos com hospedagem, ficamos sem saber se nossos hóspedes conseguirão chegar- e se a estrada será liberada amanhã. E um descaso total com o turismo e com quem vive dele.
Fica aqui o meu registro de indignação e a cobrança por mais responsabilidade e planejamento.
Uma cidade que se diz turística não pode tratar o turismo com tanto improviso.






