O segundo turno das eleições, realizado domingo no Brasil, foi bem diferente do primeiro turno. Desta vez, não se viu aglomeração de pessoas nem sequer os fiscais de partidos. A votação no município foi bem tranquila por ser apenas um candidato. Brancos, pardos e negros, ricos e pobres se misturaram em meio à multidão, e todos respeitaram a opção de cada um.
Outro ponto positivo − de ambos os turnos − foi a grande quantidade de pessoas que não eram obrigadas a votar, mas estavam ali para exercer a cidadania. Uma delas é dona Ignes Campestrine, residente no bairro 25 de Julho, que votou por volta das 15 horas na escola Castelo Branco, para onde foi acompanhada do filho Jair.
Com seus 80 anos, ela diz que pretende votar ainda mais vezes. “Enquanto tiver saúde, quero contribuir com o País. Não posso me queixar dos nossos governantes, seja no Município, Estado ou Brasil”, argumenta.

Por isso mesmo que dona Ignes preferiu a continuidade do mandato da atual presidente. “Eu respeito a posição de todos, mas acho que ela deve continuar”, ressalva. Dona Ignes teria o voto facultado pelo Tribunal Regional Eleitoral. “Se eu não fosse votar, um vazio permaneceria dentro de mim por muito tempo”, revela ela, com alegria de ter cumprido o papel de cidadã.
CADEIRANTE TAMBÉM VOTA
João Vaderlei Ribeitro Martins, 43 anos, votou domingo à tarde, também na escola Castelo Branco. Ele teve auxílio com o transporte da empresa Rainha. Martins explica que, além dele, que muitos outros cadeirantes também votaram na cidade. Ele preferiu a mudança de governo, por achar que estava faltando investimentos para as pessoas com necessidades. “Até preferi mudar, mas as mudanças nem sempre acontecem da forma como a gente espera”, relaciona.