Devagar, as pessoas foram chegando e a área central de São Bento do Sul foi enchendo. A Sexta-feira Santa foi marcada por mais uma apresentação do “Drama do Calvário”, produzida pelo grupo teatral Arno Fendrich. Conforme a organização, aproximadamente 9 mil pessoas prestigiaram a encenação.
O morro da Paróquia Puríssimo Coração de Maria foi o palco da peça, que começou com a flagelação de Jesus, seguindo para a grande marcha, depois a crucificação, o sepultamento e por último, a novidade do ano, o quadro da ressurreição. Essa é a terceira vez que o grupo Arno Fendrich realiza o Drama do Calvário, inovando a cada ano. “Já virou tradição e garanto ano que vem o público terá mais surpresas”, afirma o diretor da peça, Fábio Weiss.
Também é tradição para Dhayara Santos, que saiu cedo de casa para garantir seu lugar em frente à Praça Jardim dos Imigrantes. Ela comenta que gostou do novo quadro. “O teatro ficou completo”, cita. Mas para ela, a parte da crucificação de Jesus foi o que mais impactou. “Achei essa cena a mais emocionante”, finaliza.
Assim como Dhayara, Ana Alice Blaszkovsky se emocionou com o espetáculo. Acompanhada da família, é a terceira vez que ela assiste o Drama do Calvário, mas revela que sempre se emociona. “A melhor parte do espetáculo foi a da crucificação, sempre dá aquele aperto no peito”, confidencia.
A peça não comoveu só o público. Maycon Dziedicz Pilz fez parte do elenco como carrasco. Ele já participou das outras edições e garante que é sempre especial evangelizar através do teatro. “No começo é difícil, você ali dando chicotadas em Cristo, por mais que seja uma representação é difícil. Mas colocamos em nossa cabeça que é um modo de evangelização e mostrar o quanto Jesus sofreu por nós”, ressalta.
Ao todo, 100 voluntários fizeram parte da equipe de encenação. Weiss esclarece que agora é o momento de recolher toda produção, e depois se reunir com a diretoria e amadurecer novos projetos.
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