O projeto “Se eu perder esse trem”, contemplado pela Lei Paulo Gustavo em São Bento do Sul, será exibido ao público nesta terça-feira (17), a partir das 19 horas, no CEU das Artes, no bairro Serra Alta. O documentário conta a história de três personagens que residem há anos próximo da linha férrea, mostrando os principais fatos de um tempo em que o trem era muito utilizado pelos moradores são-bentenses.
Gravado entre os meses de setembro e novembro, o documentário captou imagens nas estações de Serra Alta, Rio Vermelho e Rio Natal. “Em uma época em que os carros e ônibus eram escassos, o trem fez parte da vida de muitas pessoas. Pudemos ouvir nesses relatos que era comum utilizar esse meio de transporte para viagens mais longas e também trajetos curtos, como uma ida à igreja ou à venda”, explica Christian Hacke, diretor do documentário.
A primeira entrevistada do projeto é Elza Jankoski. Ela, que reside a vida toda próximo da linha férrea em Rio Natal, contou fatos de sua trajetória envolvendo o trem, como as idas aos bailes e até mesmo acidentes. Quem também relatou fatos sobre sua vivência foi Cecília Flenik, de 91 anos. Ela mora desde os anos 1950 ao lado da linha do trem e da estação de Serra Alta.
Por fim, o documentário ouviu as ricas histórias de Vitalina Oszika, de 92 anos, cuja vida foi moldada pelo trem. “Gravamos com a dona Vitalina no final de novembro e poucos dias depois, no dia 3 de dezembro, ela nos deixou. Esse documentário, sem dúvidas, é uma homenagem à sua memória e daquelas pessoas que já partiram”, frisa Alessandra Nascimento, apresentadora do curta-metragem.
Proposto por André Carlos de Lima, o documentário resgata parte essencial da história são-bentense. “O trem foi muito mais do que um meio de transporte. Ele foi responsável direto pelo desenvolvimento do município e da vida dessas pessoas”, ressalta o roteirista.
Prestigie
Se eu perder esse trem será exibido nesta terça-feira (17), às 19 horas, no auditório do CEU das Artes. O evento é aberto para toda a comunidade e possui entrada gratuita. Informações pelo Instagram @seeuperderessetrem_.
Além de Alessandra, André e Christian, o documentário conta com fotografia de Ana Carolina Nascimento, social media por Eluiza Brunnquell e música autoral de Bruna Rudnick. A captação das imagens foi realizada pela MEP Produções e a produção é da Cia Caravanas.
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