O dia 4 de novembro ficará marcado na memória da Djenyfer Arnold. A são-bentense conquistou a medalha de ouro no revezamento misto do triatlo nos Jogos Pan-Americano de Santiago, que vem ocorrendo no Chile. Ela competiu ao lado dos brasileiros Miguel Hidalgo, Manoel Messias e Vittoria Lopes, e terminaram a prova em 1h15, deixando para trás as equipes norte-americana, com a medalha de prata e a canadense, que ficou com o bronze.
Ao todo, cada atleta precisou nadar 300 metros, percorrer 6 km de ciclismo e correr por 1,6 km até bater a mão de seu companheiro de equipe para passar o revezamento. “Sem dúvidas o sentimento é de que vale a pena todo o esforço e toda dedicação. Competir no alto nível não é fácil, são detalhes que contam, porque afinal todos se dedicam e abdicam de muito para estar ali. Então hoje esse medalha para mim é de maior peso na minha carreira”, diz, orgulhosa.
Miguel começou a prova de natação, terminando na última posição. Mas no ciclismo, ele conseguiu se recuperar, terminando em quarto lugar. Em seguida, foi a vez da Djenyfer entrar na disputa, fazendo uma ótima prova e encerrando na terceira colocação, diminuindo a diferença para o Canadá.
Depois foi a vez de Manoel que conseguiu ir bem nas três modalidades, diminuindo a desvantagem para os adversários. Para encerrar a participação brasileira, Vittoria conseguiu vantagem na natação, permanecendo na primeira posição na disputa, quando conquistaram o título.
De olho nas Olímpiadas
Djenyfer fez sua estreia nos Jogos Pan-Americano na quinta-feira, na prova individual de triatlo, terminando em 9º lugar. No dia, a atleta precisou percorrer uma distância de jogos olímpicos, sendo 1.500 metros de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. “Estou feliz por estar onde estou, representando o Brasil entre os melhores”, disse.
A prova iniciou às 10 horas (horário de Brasília) e ela foi a sétima atleta a sair do mar. Durante o ciclismo, permaneceu em segundo lugar durante a maior parte do trajeto, atrás somente da companheira de seleção, Vittoria Lopes, mas durante o percurso acabou perdendo a posição. Durante a corrida, ela foi superada por oito adversárias, terminando na nona posição.
“A colocação não foi a que visualizei, depois de um pedal duro, não consegui correr o que vinha correndo nas últimas provas, o que me custou boas posições. Mas estar num top 10 nos primeiros Jogos Pan Americanos não dá para ficar triste”, declara.
Na prova individual, nenhuma das atletas brasileiras conseguiu subir ao pódio, sendo que a mexicana Lizeth Rueda conquistou a medalha de ouro. Todos as competições que Djenyfer vem disputando no decorrer do ano estão somando pontos para a classificação dos Jogos Olímpicos, que acontecerá no próximo ano, em Paris. O país ainda não tem representantes confirmados, mas Djenyfer tem grandes chances de competir entre os melhores do mundo.
“Estou bem próxima, mas a classificação só vai encerrar em maio, então preciso me manter no ranking e continuar competindo as provas que contam para o ranking olímpico, que serão cinco provas no ano que vem e mais uma esse ano”, encerra.
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