Hoje em dia tornou-se mais fácil assistir a filmes, bastar ligar a televisão e ver quais as opções nos catálogos de streamings. Dá para acompanhar pela tela do celular ou computador, opções são várias para ficar por dentro das novidades da sétima arte. Mas para muitos não é a mesma sensação que assistir no cinema, com a tela gigante, o som diferenciado, “escurinho” da sala e o cheiro da pipoca presente no espaço.
Esse é o caso do são-bentense João Felipe Pscheidt (foto abaixo), que quase toda semana comparece ao Cine Gracher para assistir os filmes que estão em cartaz. “O cinema é a vida dele”, entrega a mãe, Josiane Pscheidt. Pessoas que são apaixonadas por filmes e temas relacionados à arte cinematográfica costumam ser chamadas de “cinéfilos”, termo que se encaixa perfeitamente para João Felipe. Sua paixão iniciou ainda na infância, quando ele tinha apenas cinco anos de idade. Na época, enquanto ainda não havia cinema no município, os pais, Josiane e Ricardo Pscheidt, precisavam fazer “viagens” frequentes até Joinville, sendo que sempre incentivaram o amor do filho por filmes.
E uma das características marcantes do adolescente é sua boa memória. Inclusive, até lembra o primeiro filme que assistiu no cinema, sendo “O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida”, em 2012. Agora com 17 anos, o número de vezes que já foi ao cinema ele não soube mencionar, mas passa de 100 idas, sempre acompanhado dos amigos e familiares. E não é somente “assistir”, o jovem costuma pesquisar sobre os atores, técnicas de filmagem, e geralmente têm um conhecimento profundo sobre a história de cada filme. “Como ele é autista, o cinema ajudou muito no desenvolvimento dele, ele lembra de tudo, é muito inteligente, é o principal hobby que ele tem”, menciona o pai.
Mesmo tendo um pai atleta – Ricardo Pscheidt é um dos principais nomes do ciclismo brasileiro -, João é categórico em afirmar que sua paixão mesmo é o cinema, não herdando os traços esportivos. “Já pensei em ir, mas o cinema é melhor”, resume João. E no futuro, seu maior desejo é tornar-se ator, para isso, em casa, o são-bentense costuma decorar as falas dos personagens, depois reproduzindo para quem quiser escutar.
Todas as gerações
Quem também é um frequentador assíduo do cinema é Luis Rogério Valério (foto abaixo). Assim como João Felipe, quase toda semana ele comparece ao Cine Gracher para assistir o que estiver em cartaz. Mesmo se o filme tiver críticas ruins, ele assiste e ainda guarda com carinho todos os ingressos comprados. “O cinema sempre esteve na minha vida”, compartilha.
Sua paixão iniciou ainda na infância, quando comentava com os colegas de escola no intervalo sobre o filme da vez. Até mesmo seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), na faculdade, foi relacionado a indústria cinematográfica. O interessante é que Luis, de 48 anos de idade, chegou a acompanhar as tecnologias da reprodução de filmes, desde o VHS até o streaming. Mas nada se compara ao prazer de assistir de frente para o telão do cinema, de preferências as obras legendadas.
Para ele, ir ao local onde os filmes estão passando acabou se tornando um “evento”, onde ele pode separar algumas horas do dia para relaxar e, principalmente, não ter distrações durante a sessão. “São duas horas da minha vida que me desligo de tudo, estou prestando atenção naquilo que estou vendo. Não é como assistir em casa, porque se o filme estiver chato, você vai pegar o celular ou troca de canal, mas aqui não, porque existem regras e elas precisam ser cumpridas, em casa quem faz as regras é você”, detalha.
Agora, mesmo na era da Netflix, Prime Vídeo ou Disney Plus, Luis é a prova que o cinema está presente na vida de muitas pessoas que preferem a experiência de comprar o ingresso e a pipoca, desfrutando do longa-metragem sentado confortavelmente na poltrona do cinema. Aliás, ele destaca que os telespectadores devem dar mais valor para as obras que são produzidas nacionalmente, dando mais reconhecimento para o cinema brasileiro. “Até lamento que não venham tantos filmes nacionais para cá, mas entendo como funciona a questão do público”, fala.
De Rio Negrinho
Já Richard Evaldo Schroeder, Tânia e Eduarda Grossl (foto abaixo) vem todo final de semana de Rio Negrinho em direção ao Cine Gracher. Por mês, a família cinéfila chega a assistir quatro filmes, mas se as novidades forem boas, eles vêm mais vezes o local. “É um passeio em família, é uma experiência muito legal”, sorri Eduarda.
Richard é sobrinho de Tânia e primo de Eduarda, sendo que graças ao amor pelo cinema, a relação os uniu ainda mais. Mesmo antes do Cine Gracher chegar no município, os três já iam para outras cidades para acompanhar os lançamentos.
Agora, além de virar um momento de lazer, Tânia destaca que o cinema pode muitas vezes servir como um local de relaxamento e até mesmo cultural, contribuindo para o aprendizado de cada um. “É um ambiente que a gente se sente bem, até os sentimentos mudam na vida da gente. Às vezes você vem triste, mas sai com ânimo tão animada, começa a ver o mundo com novos olhos”, entrega.
Cinema Brasileiro
Dia 19 de junho é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. Para os entusiastas da sétima arte, a data é uma homenagem ao dia em que Afonso Segreto, cinegrafista e diretor ítalo-brasileiro, registrou as primeiras imagens em movimento em território nacional. Isso aconteceu em 1898 e as imagens mostravam a entrada da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Ainda há comemorações sobre o cinema brasileiro em 5 de novembro, que relembra o aniversário da primeira exibição pública de cinema no país. E para celebrar esta data especial, quem for ao Cine Gracher hoje irá pagar o ingresso por apenas R$ 10 para qualquer sessão, além do combo composto por pacote grande de pipoca salgada e dois refrigerantes Coca Cola, por R$ 30.
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