Há pelo menos seis meses, a situação da rua Alfredo Rosencheck, no bairro Serra Alta, próximo à escola João Ropelato, vem causando transtorno para os moradores. O acesso à rua está praticamente intransitável, pois o degrau que divide o final do asfalto e o começo da estrada de chão aumenta a cada dia. Toda vez que chove as condições pioram, obrigando os moradores a desviar o trajeto para chegar em casa.
“Não adianta tapar os buracos para a chuva estragar novamente”, crítica Dazilma Franz, que mora há 23 anos no local. De acordo com ela, a rua sempre esteve em estado crítico, mas nos últimos meses a situação se agravou muito. “Desde que foi feita a pavimentação da rua Belém, a entrada para a nossa rua começou a se deteriorar, comprometendo a circulação de carros na área”, relata.
Ela explica que os moradores tentaram reparar a via colocando cimento, com o objetivo de diminuir o impacto dos automóveis, mas o trabalho não foi suficiente. “Já ouvi falar de pessoas que quebraram o para-choque e perderam o pneu devido ao tamanho do degrau”, conta. Além da via, as calçadas também estão deterioradas e precisam de reparos.
Edson Franz, marido de Dazilma, acredita que somente o pavimento poderá salvar a rua. “A tubulação foi feita há algum tempo, só falta o asfalto”, diz. Segundo ele, a Prefeitura nunca chegou a conversar com os residentes sobre o problema, mesmo assim eles aguardam uma solução. “Não consigo passar com o meu carro por ali; sempre que preciso sair, sou obrigado a contornar a quadra”, reclama.
Ele explica a gravidade do problema, principalmente para quem utiliza veículos grandes. “Certa vez um motorista perdeu o controle do caminhão ao acessar a rua e acabou partindo meu muro. Felizmente foi apenas um susto, mas isso não impede que algo grave aconteça”, declara.
Outro problema que está preocupando a comunidade é a falta de sinalização na rua Belém. Desde que foi pavimentada, o tráfego de carros aumentou consideravelmente e, com isso, os riscos também. “Os motoristas acham que é pista de corrida e trafegam com a velocidade superior à permitida para o local”, desaprova Edson. Ano passado chegou até a ocorrer um atropelamento, aumentando os indícios de que faltam meios de conter a velocidade. “A ausência de lombadas coloca em risco a vida das crianças que estudam na escola próxima”, explica referindo-se à Escola de Ensino Fundamental João Ropelato.
Recuperação
A Secretaria de Obras fez a vistoria da rua na última semana e disse que o trabalho de recuperação teve início ontem na parte da tarde. “Estamos intervindo na rua para que o problema seja parcialmente resolvido”, confirma o diretor de Obras Vilmar Grosskopf.
A intenção é de que na próxima semana tudo esteja resolvido, para alívio dos moradores. “O declive surgiu por falta de massa asfáltica, por isso vamos estender o asfalto em torno de 5 metros para recuperar a passagem da via e não trazer mais transtornos para os motoristas”, explica.
Conforme Vilmar, é muito comum acontecer casos como esse na cidade, especialmente quando chove. “Temos muitas estradas de chão em São Bento do Sul e, como chove muito na região, fica difícil manter todas as ruas em ordem”, defende-se.
