Cristiane Gonçalves de Lima, de 36 anos, concluiu essa semana uma importante etapa de sua luta contra o câncer de mama – descoberto no início do ano passado. Ela passou pela última sessão de quimioterapia e aguarda agora ainda por uma cirurgia para ter o diagnóstico que tanto espera: de que a doença foi combatida.
Segundo ela, o apoio da família e amigos foi fundamental para enfrentar todo o processo da doença que é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, registrando anualmente mais de 2 milhões de novos casos.
Ela explica que descobriu o câncer através de um nódulo na mama em abril do ano passado. Cristiane buscou orientação na Rede Feminina de Combate ao Câncer, onde foi encaminhada para fazer uma mamografia.
“Por bençãos de Deus foi já na mesma semana que estive lá. Em seguida levei para o médico que estava cuidando de uma alergia muito forte e aí foi o início de tudo. Ele me orientou a procurar um ginecologista. Consultei em maio e uma ultrassonografia constatou dois nódulos. Fizemos a biópsia e no dia 12 de junho saiu o resultado”, recorda.
A primeira reação, explica, foi de choque e sem saber o que fazer e o que falar. “Estava sozinha com o médico e sai tonta da consulta. Ao chegar na recepção nem lembrava o que tinha me falado, só entreguei os papéis e ao entrar no carro chorei muito”, comenta.
Cristiane diz que resolveu criar um grupo de WhatsApp para dar a notícia para os familiares somente uma vez, porque sabia que iria sofrer se tivesse que contar a história mais vez. “Ao chegar na casa da minha mãe, ela estava me esperando, foi desesperador nunca passamos por isso”, diz.
No final de junho ela deu continuidade na realização de exames, mas os resultados apontaram que não seria possível realizar uma cirurgia naquele momento, devido ao estado avançado da doença. A opção foi dar início as sessões de quimioterapia.
“Faria oito sessões de quimioterapia a cada 21 dias, sendo que a primeira foi em agosto. A partir desse dia veio a pior cena, a perda do cabelo. Para mim aquilo foi pior do que o laudo. Em todas as sessões eu sofri muito, em todos os sentidos, mesmo sempre muito amparada por familiares, amigos e funcionários do Hospital e Maternidade Sagrada Família”, conta.
Expectativas
Cristiane destaca que a expectativa agora, após a conclusão das sessões, é de poder voltar a trabalhar, cuidar dos seus filhos– ela é mãe de Pedro Henrique Gonçalves, de 20 anos, e João Gabriel Gonçalves, de 17, e casada com Luciano de Lima.
“Quero seguir me cuidando e pedindo a Deus que a cura venha logo”, diz. Ela tem consulta agendada com mastologista em fevereiro e aguarda por uma data para a realização de cirurgia. “Mesmo terminando as sessões o próximo passo é a cirurgia e por um ano continuo com aplicações e os cuidados continuam”, diz.
“Com as sessões de quimioterapia o nódulo reduziu muito e já dá para notar, então a cura está próxima”, afirma. Ela diz que apesar de receber um diagnóstico tão triste e sabendo que seriam dias de luta, buscou sempre se apegar primeiramente a Deus.
“Porque nos momentos mais tristes, é nele que me socorria e nele que me confortava. Tive muita ajuda de familiares e amigos em todos os sentidos: financeiro, emocional e presencial, então fui muito amparada”, agradece.
“Eu pedia muito para Deus não deixar que os pensamentos ficassem me perturbando porque trabalhei muito meu emocional, embora fosse muito difícil. Porque tem dias que não precisava de motivos para eu chorar, ficava o dia chorona. Mas no dia seguinte Deus me mostrava que sorrir era bem mais lindo e lutava pela minha família, pelos meus amigos, por meu marido e filhos. Meu marido foi peça fundamental nesse processo e me ajudou muito junto com minha mãe nos momentos que não conseguia fazer nada de mais tanta fraqueza”, encerra.
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