O Núcleo Comunitário de Combate às Cheias, da Associação Empresarial de Rio Negrinho (Acirne), promoveu a sexta edição do Fórum de Hidrologia, recentemente. O principal objetivo do evento foi elaborar uma Carta de Intenções que será entregue ao Governo do Estado e à Defesa Civil estadual para que possam contribuir na discussão de soluções para amenizar os impactos que as cheias trazem ao município.
Entre as prioridades traçadas na carta, destaca-se o retorno imediato da operação das cinco estações hidrometeorológicas, anteriormente concedidas pela Epagri/Ciram e em negociação com a Defesa Civil do Estado para sua operacionalização e fomentação da implementação de sistemas de alertas, visto que dependem de dados das séries históricas.
Além disso, a carta propõe a consolidação de recursos para desapropriação ribeirinha e criação de parques lineares em 6 quilômetros no trecho do rio Negrinho, entre a foz até a captação de água do Serviço Autônomo Municipal de Saneamento (Samae).
E também cobra a disponibilização de equipamento para dragagem em 6 quilômetros no rio Negrinho, sentido foz até a captação de água do Samae. Outra demanda é a disponibilização de recursos para a elaboração dos projetos que contemplam as obras do Plano de Macrodrenagem, já aprovado através de legislação municipal de 2020.
Trabalho contínuo
A coordenadora do Núcleo, Patrícia Berkenbrock Valandro, ainda explica que durante o encontro foi citada a importância de a Defesa Civil do município ter cargos oriundos de concurso para que seja um trabalho efetivamente contínuo contra as cheias. O pedido foi protocolado junto à Prefeitura para desenvolver um trabalho técnico de monitoramento hidrológico para fomentar a implementação de sistemas de alertas, visto que dependem de dados das séries históricas, bem como a institucionalização no uso territorial o controle de escoamento na fonte.
Nos pedidos foram registrados o planejamento em nível de bacia hidrográfica – com os municípios de São Bento do Sul e Rio Negro, no Paraná, através das Defesas Civis regionais e estaduais; assim como a institucionalização dos planos de contingência a nível institucional (infraestruturas críticas, comércios e indústrias em áreas de perigo de inundação) e também fomentar essas ações com as pessoas situadas em áreas de perigo de inundação.
O fórum também discutiu estudos para a implementação de rotas seguras de evacuação para garantir a mobilidade urbana em situação de cheias.
Participaram do Fórum de Hidrologia o secretário de Estado de Articulação Internacional, Juliano Froehner, representantes da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, bem como representantes da Epagri, Instituto Água e Terra, Consórcio Quiriri, Câmara de Vereadores e equipe técnica da Prefeitura, Samae, bem como o professor Leonardo Monteiro, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que conduziu todas as apresentações e o debate final.
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