Segunda-feira, 12 de maio de 2025

Covid-19 e o risco de trombose: entenda a relação e fique de olho nos sintomas

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• Atualizado 3 anos atrás.

A medida que a pandemia começou a se desenrolar, o entendimento sobre a Covid-19 mudou. Não se trata apenas de uma síndrome respiratória, mas de uma doença muito mais complexa e que pode afetar diversas partes do organismo. Entre os efeitos está a incidência de tromboses, principalmente em pacientes que adquiriram formas moderadas e graves da infecção.

Relação entre as doenças
O médico Eduardo Castanhel explica que o novo coronavírus causa um processo inflamatório no corpo todo, o que pode provocar distúrbios de coagulação e a formação de coágulos. “Uma das características da Covid é a inflamação de um vasinho de sangue, como se fosse uma vasculite. E isso propicia tromboses, embolia e eventos cardiovasculares”, comenta.

As chances são maiores em pacientes fumantes, obesos, sedentários, diabéticos e hipertensos, por exemplo. Em alguns grupos, possibilidades de trombos aumentam em até 17%. Quem não possui nenhuma comorbidade associada não está livre, apesar de ser mais raro.

O que é
A trombose, segundo Castanhel, é uma obstrução aguda de um vasinho de sangue e pode ocorrer em diversos locais, embora os casos mais comuns estejam atrelados aos membros inferiores, como as pernas. Quando surge na perna ou no braço, gera um inchaço súbito e dor. Já no pulmão normalmente causa falta de ar, tosse e dor intensa.

Fique de olho

Ao apresentar qualquer sintoma, o paciente deve procurar ajuda médica imediatamente por conta do risco de embolia pulmonar, isto é, quando um coágulo se desprende e atinge o pulmão, podendo ser fatal. O tratamento geralmente é feito com o uso de anticoagulantes para diminuir a viscosidade do sangue e dissolver o coágulo e a duração depende do tipo de trombose, da extensão e da condição de saúde de quem desenvolveu a doença.

“Hoje, a maioria se trata com remédios via oral. As injeções são feitas quando há necessidade de internação, em quadros mais complicados ou em pacientes que tenham contraindicação ao uso dos comprimidos”, revela.

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Fatores de risco
• Lesão de veias em grandes cirurgias, lesões musculares graves ou traumas;
• Redução da velocidade do fluxo sanguíneo por imobilização prolongada;
• Aumento de um hormônio sexual chamado estrogênio, que pode ser causado por uso de pílulas anticoncepcionais e gravidez;
• Algumas doenças crônicas, como as cardiovasculares, pulmonares e câncer; obesidade;
• História prévia ou familiar de trombose;
• Idade avançada

Prevenção
• Evitar a imobilização prolongada. Após longos períodos restritos à cama, seja por doença ou cirurgia, procurar voltar a se movimentar;
• Em viagens prolongadas (maiores de 4 horas) procure levantar e caminhar a cada 3-4 horas; exercitar as pernas quando estiver sentado; usar roupas largas;
• Uso de meias elásticas compressivas, de acordo com indicação médica;
• Adotar um estilo de vida saudável, evitar o sedentarismo e manter um peso adequado.

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