Conheça os sintomas da síndrome nefrótica em crianças 

Com acompanhamento adequado e remissão dos sinais, os pequenos podem levar uma vida normal

• Atualizado 9 horas atrás.

Mãe com filho em consulta no pediatra, o médico está usando jaleco e examinando o menino com um estetoscópio
Além do acompanhamento médico, o tratamento da síndrome nefrótica pode envolver o uso de corticoides orais (Imagem: fizkes | Shutterstock)

A síndrome nefrótica é uma doença que, embora incomum, pode afetar seriamente a saúde, exigindo atenção médica constante desde os primeiros sinais. O tema ganhou visibilidade recentemente após o cantor Junior Lima e sua esposa Monica Benini revelarem nas redes sociais que sua filha, Lara, de 3 anos, foi diagnosticada com a condição.

Segundo o nefrologista Fábio Auriemma, da Kora Saúde, a síndrome nefrótica é um conjunto de sinais e sintomas que indicam um mau funcionamento nos glomérulos — estruturas dos rins responsáveis por filtrar o sangue e reter proteínas essenciais para o organismo. Quando esses filtros são comprometidos, há perda significativa de proteínas pela urina, causando inchaços, principalmente no rosto, nas pernas e na barriga das crianças, além de alterações nos níveis de colesterol.

É muito importante que os pais fiquem atentos a esses inchaços repentinos, que às vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras condições”, explica o médico. A síndrome pode afetar tanto crianças quanto adultos, mas é mais comum entre os 2 e 6 anos, com prevalência de 14 a 17 casos a cada 100 mil crianças.

Impactos da doença nos rins

Fábio Auriemma explica que os rins são responsáveis por filtrar o sangue, controlar o equilíbrio de líquidos e sais, regular a pressão arterial, entre outras funções. Quando acometidos pela síndrome nefrótica, perdem a capacidade de manter esse equilíbrio, resultando em retenção de líquidos, redução da urina e aumento do cansaço, que pode passar despercebido nas fases iniciais.

Mãe com filho em consulta no pediatra, o médico está usando jaleco e examinando o menino com um estetoscópio
Além do acompanhamento médico, o tratamento da síndrome nefrótica pode envolver o uso de corticoides orais (Imagem: fizkes | Shutterstock)

Tratamento contra a síndrome nefrótica

O tratamento da síndrome nefrótica começa geralmente com corticoides orais, e a resposta a esses medicamentos determina os próximos passos. “Costumo comparar o tratamento a uma escadinha. Se a criança responde bem aos corticoides, muitas vezes não é necessário associar outros remédios. Caso contrário, entramos com diuréticos, imunossupressores e até estatinas para controlar o colesterol”, afirma o especialista.

A boa notícia é que, com acompanhamento adequado e remissão dos sintomas, as crianças podem levar uma vida normal. “Elas podem frequentar a escola, praticar esportes e tomar vacinas, desde que a doença esteja sob controle. Há exceções apenas em casos de recaída, quando pode ser necessário o afastamento temporário das atividades”, diz Fábio Auriemma.

Cuidados com a saúde das crianças

Mesmo com tratamento, a síndrome exige cuidados constantes. A perda de proteínas como a albumina, essencial para o sistema imunológico, e o uso de medicamentos imunossupressores tornam as crianças mais vulneráveis a infecções. Febre é sempre um sinal de alerta em pacientes com síndrome nefrótica. Qualquer infecção deve ser investigada o quanto antes”, ressalta o médico.

Possibilidade de cura da síndrome nefrótica

De acordo com Fábio Auriemma, a maioria dos casos, cerca de 70% a 75%, é crônica, com períodos de melhora e recaídas. Apenas uma minoria, entre 20% e 25%, apresenta cura definitiva. “Mesmo nos casos mais estáveis, é essencial manter o acompanhamento com o especialista, pois a doença pode voltar de forma inesperada”, alerta.

Em situações mais graves, pode haver falência renal, sendo necessário recorrer à diálise ou até ao transplante. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações e garantir qualidade de vida à criança.

Ao tornar público o diagnóstico da filha, Junior Lima e Monica Benini compartilham um momento delicado da família, mas também contribuem para a conscientização sobre uma condição que, embora rara, exige atenção e cuidado — e que pode ser enfrentada com sucesso quando diagnosticada e tratada corretamente.

Por Caroline Brito


Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414 . Custa menos que um cafezinho por dia! ☕

Últimas notícias

Ilustração do signo Áries, em fundo azul-escuro, contendo o símbolo com duas curvas simétricas que se abrem para cima a partir de um ponto central
nicollygregory
WhatsApp Image 2025-07-23 at 12.22
acidente--944x531
Fachada de museu com placa na frente em vermelho e branco e um lago

Mais lidas

Acidente das neves
WhatsApp Image 2025-07-18 at 16.15
WhatsApp Image 2025-07-22 at 15.23
homem-mata-amigo-tritura-corpo-em-liquidificador-e-esconde-na-geladeira-no-rj-1
WhatsApp Image 2025-07-19 at 19.43

Notícias relacionadas