O sorriso é tímido, mas o talento do Pedro Henrique Conde, Davi Lucas Elizio e Miguel Juttel no futebol é gigante. Agora, eles são oficialmente os novos jogadores do Joinville Esporte Clube (JEC), nas categorias de base sub-11. O contrato de iniciação esportiva foi assinado no dia 20 de abril, na sede do clube, em Joinville.
A ligação com o clube joinvilense já acontecia desde o ano passado, onde os três integram o projeto “Tricolor Mirins”, uma escolinha vinculada ao JEC. Com isso, eles já representavam a equipe em competições, além de treinarem duas vezes por semana em Joinville. No entanto, o destaque maior ocorreu no dia 19 de abril, quando Pedro, Davi e Miguel jogaram o Sul Brasileiro, uma competição que reuniu a comissão técnica do JEC, acompanhados pelo presidente e pelo coordenador da base, onde proporcionou mais visibilidade aos atletas.
Graças a isso, no dia seguinte, no sábado (20), os pais dos atletas receberam o convite para que eles integrassem a equipe oficial. Além disso, os meninos tornaram-se os primeiros atletas sub-11 na história do clube a receber essa oportunidade, sendo que o time pretende aumentar sua categoria de base nos próximos anos.
Promessas do futebol
O interessante é que os três, além de serem colegas de equipe, mantêm uma ótima relação de amizade. Miguel e Davi se conhecem desde que eram bebês, além de estarem na mesma turma no colégio Bom Jesus. Já a chegada do Pedro ocorreu justamente pela paixão no futebol.
Entre eles, o Davi é o mais novo dos jogadores, com 10 anos, além de estar há menos tempo no esporte. Porém, isso não impediu ele de mostrar todo o seu talento com a bola. Afinal, seu avô Marco e seu pai, Thiago Elizio, foram jogadores da Tuper/Planor. “Ele começou a andar por causa de uma bola. Com nove meses ele levantou para pegar uma bola do outro lado, e nunca mais parou”, brinca a mãe, Aline Elizio.
Atualmente, Davi joga como lateral-esquerdo da equipe, mas seu início foi nas quadras de futsal em escolinhas do município.
Miguel também teve a ligação familiar para começar a ser um jogador, porém, a paixão pela modalidade veio por parte da mãe, Letícia Juttel. “A minha família é apaixonada por futebol, desde quando me conheço por gente, estamos assistindo”, diverte-se.
Até mesmo o tio-avô do Miguel, Nilo Juttel, chegou a ser chamado para fazer parte do Fluminense, mas infelizmente, acabou falecendo num acidente antes de estrear no time carioca. E como o gosto pelo esporte está presente na família, Miguel já começou a se destacar desde quando tinha apenas 4 anos.
“Nunca me esqueço do dia que o treinador falou que deveríamos filmar ele, porque aqui em São Bento seria difícil para ele aparecer, mas se filmasse e publicasse nas redes sociais, teria mais visibilidade para se tornar um jogador profissional”, recorda Letícia. Agora, sendo jogador de futebol, ele atua no meio campo.
Pedro é o mais velho, com 11 anos, o único do trio que não é são-bentense, e sim, natural de Campo Alegre. O simpático atleta começou a jogar com 5 anos, na Associação de Pais Esportistas (APE), em sua terra natal. Porém, como os treinos ocorriam apenas aos sábados, os pais, Thayna e Cristian Conde, decidiram trazê-lo para São Bento do Sul para que o filho conseguisse ter mais tempo para treinar, onde acabou conhecendo o Davi e Miguel.
E assim como a maioria dos jogadores, Pedro tem o seu pai como maior inspiração, afinal, Cristian foi jogador do Jaraguá Futsal. Agora, indo para o seu sexto ano como jogador, conseguiu realizar um dos seus maiores desejos: fazer parte de uma equipe profissional. O jovem atua como centroavante do Tricolor Mirins.
Apoio psicológico
Apesar de levarem uma rotina intensa, com a escola de manhã e treinos duas vezes por semana em Joinville, entre outras atividades para o preparo físico dos atletas, a família de cada jogador faz questão de buscar apoio psicológico às crianças, para ajudá-los a lidar com a pressão e as demandas emocionais envolvidas na carreira esportiva.
“Hoje eles têm 10 e 11 anos, mas quem garante que no futuro eles não queiram mais jogar futebol? Quando eles quiserem ser jogador, vamos incentivar e dar todo o recurso necessário, mas se lá na frente eles não quiserem ser mais, tudo bem”, acrescenta Luciano Telles, pai de Miguel.
Além disso, como eles próprios gostam de mencionar, acabaram se tornando uma grande família, se revezando para levar os atletas para treinos e competições. Muitas vezes, os pais deixam de lado suas próprias atividades para correr atrás dos sonhos dos filhos, sendo que os garotos enfrentam viagens regulares e agora com o contrato fixo com o JEC, o número tende a aumentar.
“Acredito que outros pais já olharam para gente e acharam que é loucura o que a gente faz, porque abdicamos de tanta coisa, mas ver eles crescendo, chegando onde estão chegando e tão novos, é muito orgulho. Realmente é só o começo de uma carreira gigante pela frente”, encerra Aline Elizio.
Acompanhe
Quem deseja acompanhar a rotina e campeonatos dos atletas, pode acompanhá-los no Instagram, através do @migueljuttel, @pedro.hconde e @davilucaselizio. Os perfis são monitorados pelos pais dos atletas.
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