Confira o foco das abordagens de assistentes sociais às pessoas em situação de rua em São Bento

Aumento de população vivendo em espaços públicos tem sido tema de debate em São Bento do Sul

• Atualizado 25 dias atrás.

Rodoviária é um dos pontos de permanência de pessoas em situação de rua (Foto: Jornal A Gazeta)

O aumento no número de pessoas em situação de rua em São Bento do Sul tem preocupado autoridades e mobilizado diversas entidades para encontrar soluções conjuntas. De acordo com a Prefeitura e a Secretaria de Assistência Social, 126 pessoas estão cadastradas como em situação de rua no município, em março eram 90.

Durante reunião do Comitê de Atenção à População em Situação de Rua, realizada recentemente, representantes da Promotoria de Justiça, Prefeitura, Polícia Militar, Acisbs, Creas e demais secretarias discutiram estratégias para conter o avanço desse cenário. O foco principal das abordagens das assistentes sociais é evitar que novas pessoas cheguem às ruas e tentar reinserir aquelas que ainda mantêm vínculos familiares ou comunitários.

Durante as abordagens, as assistentes sociais verificam se a pessoa possui família, se veio de outro município ou se foi encaminhada de cidades vizinhas — situação que tem sido relatada com frequência. O retorno à cidade de origem, sempre de forma voluntária e com suporte social, é uma das principais medidas adotadas. “O município não encaminha ninguém contra a vontade. Isso seria crime”, explicou Alex Schlepka, diretor do Creas.

As profissionais também reforçam que os primeiros meses na rua são decisivos. Nesse período, ainda há maior chance de reinserção social e familiar, mas, com o tempo, o vínculo com a rua se fortalece, tornando o processo mais difícil. A falta de um abrigo fixo é um dos principais desafios, atualmente, o município está elaborando um projeto para implantação do espaço. Durante o inverno, um abrigo temporário funcionou entre maio e setembro, atendendo 71 pessoas, oferecendo 980 refeições e realizando encaminhamentos para documentação, empregos e internações.

Outros fatores que dificultam a saída das ruas incluem a falta de documentos, o receio de perder benefícios sociais, como o Bolsa Família, e casos de dependência química. Ainda assim, a Assistência Social registra histórias positivas de reintegração, com pessoas que receberam apoio, conseguiram emprego e reconstruíram suas vidas.

O comitê também reforça a importância de não oferecer esmolas diretamente, pois isso contribui para a permanência nas ruas. A campanha “A rua não é lar” busca orientar a população a acionar os canais oficiais de assistência, ajudando de forma mais efetiva quem precisa.

Últimas notícias

Xícara de vidro com chá vermelho ao lado de canelas em pau e sobre um pires
Serra-Dona-Francisca-Rochas-Leo
Gato, com pelagem branca e cinza, arranhando um sofá laranja
Ponte interditada
mulher de roupão branco, sorrindo e se olhando em espelho redondo em cima de bancada

Mais lidas

Cuque da Igreja
bingo dona nair
10378960956830631661
DCIM100MEDIADJI_0467
WhatsApp Image 2025-11-08 at 09.05

Notícias relacionadas