O costume da população de guardar as moedas em casa tem causado problemas aos negócios no município. Constantemente, o dinheiro de metal falta na hora do troco, e os comerciantes têm que se virar para manter pelo menos algumas moedas no caixa e evitar que isso ocorra.
Entre os principais problemas apontados como os responsáveis pela falta do fluxo de moedas no comércio, o uso do cofrinho por parte da população é o mais lembrado. O administrador da Banca, Gibi Fábio Osowsky, comenta que muitas pessoas têm esse hábito e que até mesmo ele costuma ser estimulado. “Existe um incentivo dos bancos, com entrega de cofrinhos, para as pessoas juntarem moedas visando a abertura de uma conta-poupança”, lembra.
A agência dos Correios do município também sofre com a falta de moedas, como lembra o gerente Paulo Gonçalves de Andrade. “O grande problema é que as moedas estão paradas nos cofrinhos”, diz e explica. “Este dinheiro é um capital que não gira, se metade das residências do município tiver um cofrinho em casa, imagine quanto dinheiro está parado na cidade”, comenta.
A responsável pela Lanchonete do Calçadão, Marcia Stoebell, também sofre com a falta do dinheiro de metal no seu negócio, principalmente com as moedas de mais valor, como R$ 0,25, R$ 0,50 e R$ 1. “Procuro sempre trocar nas lojas próximas e também sempre peço para os clientes”, relata.
Troque seu dinheiro
Independentemente se for R$ 5, R$ 10 ou R$ 50, é unanimidade entre os comerciantes a importância de não se deixar esse dinheiro estocado mais do que alguns dias em casa. “Quem tiver moedas em casa pode vir trocar, a quantidade pode até ser pequena, mas sempre ajuda”, comenta Márcia.
Ajuda das figurinhas
Por conta do grande número de pessoas que buscaram completar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo de futebol neste ano, a circulação de moedas ainda teve um período promissor atípico, como lembra o administrador da Banca Gibi. “Na época das trocas das figurinhas, havia muitas moedas, geralmente as crianças vinham trocar seu dinheiro por pacotes, mas agora a circulação já voltou a cair”, diz Osowsky.
Ele lembra que existe apenas um período no ano em que as moedas ficam abundantes no comércio. “No final do ano, todo mundo quer trocar”, relata. Marcia concorda com a afirmação. “Próximo ao Natal é o período em que as pessoas quebram os seus cofrinhos”, diz.
Para se manter “abastecido” no período em que as moedas estão escondidas nos cofres, nos carros ou ainda dentro de gavetas, o jeito é ir atrás de soluções. “Nós temos parceria com diversas entidades locais para a troca de moedas, para não ficarmos sem”, relata Andrade.
O gerente dos Correios ainda aponta alguns motivos para que as pessoas andem cada vez menos com moedas nos bolsos ou carteiras. “O peso atrapalha para carregar e também pela facilidade de pagar com o cartão de débito/crédito, ninguém leva mais moedas junto”, comenta.