Domingo, 8 de junho de 2025

Comércio on-line afeta vendas locais

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• Atualizado 10 anos atrás.

A variedade de ofertas e produtos no comércio eletrônico cresce a cada dia que passa. Atualmente, boa parte dos itens de interesse da população já podem ser encontrados e comercializados com apenas um clique de distância, a qualquer horário do dia, e entregues em qualquer local indicado pelo consumidor.
Com o avanço desse mercado digital, quem tem procurado se renovar e se reinventar para não perder clientela são as lojas físicas do município, que, além da concorrência das empresas locais, ainda disputam com o comércio eletrônico.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) e administrador das Lojas Schumacher, Rodrigo Schuhmacher, comenta que a competição com as compras pela internet é uma realidade. “É uma grande concorrente, existem muitas situações em que o cliente vem com o celular aberto em um site para conferir o produto e comparar o nosso preço com o valor on-line”, conta.

Ele relata as dificuldades do comércio local em concorrer com esse nicho de mercado. “Nós temos uma estrutura física para manter, além dos colaboradores, e as lojas virtuais não têm esse custo. Além disso, a loja física tem uma abrangência e uma absorção de clientes limitada em comparação com o mercado on-line”, diz.

COEXISTÊNCIA

O gerente da Dibacenter de São Bento do Sul, Fernando Fava, acredita que as duas formas de venda podem coexistir, cada uma com seu público específico e nicho de vendas. “No caso da venda de um sofá, por exemplo, o vendedor explica quais são os modelos, tecidos, tipos; e tudo isso influencia para seduzir o cliente. Acredito que as compras on-line sejam mais para quem já conhece o produto que vai adquirir, coisas mais específicas, como televisores e celulares”, relata.

Entre as vantagens de adquirir o produto diretamente na loja, ele elenca o atendimento, a entrega e também a garantia como principais atrativos aos consumidores. “A loja está sempre aberta para receber o cliente após a venda e solucionar qualquer tipo de dúvida, o que no comércio eletrônico já fica mais difícil”, explica.

Preferência

A técnica judiciária Katia Juttel destaca que busca sempre comprar em lojas físicas, apesar de também utilizar os serviços do e-commerce. “Para mim a diferença está no sentir, ver o produto, poder pegar. Se eu não encontro o que procuro nas lojas, busco na internet, mas prefiro sempre ver o produto físico”, comenta.
Ela destaca ainda o que a interação com o vendedor pode contribuir para a melhor compra. “É importante conversar com o profissional, trocar ideias, dicas. As vezes você chega na loja com uma opinião formada e acaba tomando outra decisão a partir das conversas”, completa.

NO TURISMO

A consultora de viagens da Alpina Turismo Jaqueline Meros Denk destaca que, apesar de boa parte dos produtos ser encontrado na internet, a loja física sempre tem um diferencial. “Sempre procuramos mostrar ao cliente que ele tem maior confiança e segurança comprando conosco, que ele terá para quem ligar caso precise e um atendimento diferenciado se quiser solicitar algo em especial”, diz e exemplifica. “Como aos casais que estão em lua de mel, quando pedimos um upgrade , como uma decoração especial no quarto”, conta.

Ela destaca ainda que, no ramo do turismo, a segurança de uma viagem sem contratempos não é totalmente garantida pelo e-commerce. “As compras pela internet são muito atrativas pelos preços divulgados e pela comodidade de fazer a compra sem sair de casa. Mas, no turismo, as regras são bem rígidas quanto a alterações e cancelamentos, qualquer erro no nome, sobrenome ou data pode acabar estragando qualquer viagem”, relata e complementa. “Por isso, procure uma agência de viagens de confiança que com certeza auxiliará no que for possível para tornar a sua viagem uma experiência maravilhosa”, encerra.

VALORIZAÇÃO LOCAL

O presidente do Sindilojas ainda defende a importância da população local valorizar o comércio da cidade. “Não podemos deixar de olhar para o município, é interessante para quem mora aqui que a economia gire em torno do local; se os negócios vão bem, as empresas também lucram, e tudo isso gera receita para a cidade”, diz.

Sandro Adriano, presidente do CDL

O empresário Abrelino Assunção, da Livraria São Bento, reitera as dificuldades em competir com o preço do mercado on-line devido às diferenças de custos e também acredita que essa disparidade deve ser compensada pelo serviço oferecido ao cliente. “ Ele deve ser bem-atendido, ter o produto desejado disponível para que possa manusear, ter certeza de que é isso que quer, comprar e levar na hora para casa”, diz.

Sandro Adriano, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, lembra que muitas vezes a comodidade de adquirir um produto mediante um clique é o que atrai o comércio eletrônico, e que o vendedor deve dar motivos para o consumidor se dirigir aos estabelecimentos locais. “Para envolver o cliente, o ponto de venda precisa promover experiências. E o design é fundamental nesse quesito, ao criar ambientes capazes de proporcionar novas experiências de compra”, diz.

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