O governador Raimundo Colombo (PSD), em entrevista para A Gazeta, deixou claro que uma de suas maiores preocupações está na manutenção da malha viária de Santa Catarina. Conforme os indicativos de 2014, muitas situações que poderiam ter sido resolvidas acabaram não acontecendo por conta dos obstáculos para obter recursos e pela burocracia, que muitas vezes emperram a continuação dos trabalhos públicos.
“Infelizmente é uma realidade a dificuldade que o governo do Estado enfrenta para dar sequência às obras públicas. Muitas vezes fazemos o planejamento para entregar a obra em março, e a mesma acaba sendo entregue em setembro. Isso é deprimente, o cidadão espera que a gente exerça o trabalho dentro do prazo, mas não é da nossa vontade que esses atrasos aconteçam”, disse.
Quanto aos trabalhos executados ao longo do ano, deixou claro que algumas rodovias ainda estão em obras e serão entregues conforme os cronogramas. Colombo garante que vai acompanhar de perto todas as obras, e que o secretário de Infraestrutura deverá repassar um relatório periódico, assim como os demais secretários. O objetivo é elencar algumas prioridades e dar as respostas que a população espera.
Rodovia dos Móveis
Questionado sobre a sequência dos trabalhos na região do Planalto Norte, onde perdeu na eleição, disse que é democrata e que não pauta o trabalho em cima de votos. Para Colombo, o administrador público precisa estar ciente da necessidade de continuar as melhorias em todas as regiões. “Nos próximos dias, participaremos da inauguração da SC-112, que liga Rio Negrinho a Volta Grande. Aquela Rodovia dos Móveis, que está sendo realizada em São Bento do Sul, é outra obra que vamos concretizar. Demorou pra acontecer, mas não foi porque nós quisemos que demorasse, é o processo de concorrência pública e a disponibilidade de verbas que nos trazem essas situações mesmo. No caso da SC-112, foi uma burocracia terrível. Uma empresa começou, abandonou, e a gente teve que partir para outra. A população não tem obrigação de entender tudo isso, mas a gente fica de mãos atadas. A burocracia virou um inferno na vida do administrador público, é terrível”, segue.