Segunda-feira, 28 de abril de 2025

Cobrança para uso de quadras em Ecoparques de Rio Negrinho gera polêmica

Vereador critica decreto da Prefeitura sobre o uso dos espaços esportivos

• Atualizado 5 horas atrás.

Quadras foram construídas pela Prefeitura, mas quem quiser jogar vai ter que pagar (Foto: Edson Frankowiak / A Gazeta)

Um decreto publicado pela Prefeitura de Rio Negrinho, no último dia 11, regulamenta a utilização dos Ecoparques do Serviço Autônomo Municipal de Saneamento (Samae), através do Programa Samae é +. O documento permite a concessão onerosa desses espaços públicos, mas o que gerou polêmica foi incluir a cobrança para o uso das quadras esportivas.

A redação original do projeto de lei de 2024 previa apenas a instalação e exploração comercial dos serviços de lanchonete e restaurante. O decreto trata sobre os seis Ecoparques do Samae, todos com módulos de alimentação e sanitário e estrutura esportiva, sendo dois deles com campo de futebol sintético para exploração comercial.

Ainda segundo o documento, a exploração comercial de alimentos acontecerá em módulos em estrutura metálica, destinados para instalação e funcionamento de lanchonete/cantina para comercialização de refeições rápidas, bebidas, cafeterias, casas de chá, suco e similares, hamburguerias e pastelaria. “Será permitida a exploração econômica dos campos de futebol sintético (Ecoparques Estação e Vila Nova), mediante cobrança de taxa pelo permissionário, não podendo ultrapassar o valor de até 16 Unidade Fiscal de Referência Monetária (UFRM), por hora, a ser utilizada uma vez por semana, no período de um mês”, diz o documento.

O valor da UFRM está um pouco mais de R$ 16, ou seja, o preço máximo para o aluguel da quadra é de algo em torno de R$ 250.

Os Ecoparques Estação e Vila Nova estão instalados na Rua Arnaldo de Almeida Oliveira (rua da antiga delegacia) e Rua Alfredo Greipel, respectivamente. Os demais Ecoparques estão instalados nos bairros São Pedro, Jardim Hantschel, Quitandinha e no Loteamento Paulo Beckert.

Vereador questiona
O vereador Anderson Patrick de Castro (PP) questionou a medida adotada pela administração. “Nesse recente decreto, o prefeito simplesmente incluiu, sem passar pela Câmara de Vereadores, as quadras esportivas também. Ou seja, o projeto inicial veio para trazer benefícios para a comunidade, até porque foi feito com dinheiro público, foi gasto dinheiro público para que as pessoas pudessem ter lazer e usufruir. A única coisa que citava no projeto, na redação original, seria a exploração dos Ecofoods, ao contrário do que está agora nesse decreto no qual o prefeito inclui também as quadras esportivas”, cita.

“Não é o correto, porque o esporte deve ser de forma gratuita. A prefeitura já sabia, e o Samae já sabia, que existiriam custos para manter essas quadras, isso era um risco calculado e a comunidade não pode ser penalizada dessa forma. Como é que as nossas crianças vão ter o lazer delas no final de semana sendo cobradas? Os pais que não têm o dinheiro, esses munícipes vão ser privados de usufruir um bem público por que não têm dinheiro? Isso é totalmente inconstitucional”, desabafa Andi, que sugere que a Prefeitura revogue o decreto municipal.


Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414 . Custa menos que um cafezinho por dia! ☕

Últimas notícias

20231102_131516
Sede do Samae
luizinho Petreça
Fumo - Christian Hacke (6)
Jasti

Mais lidas

WhatsApp Image 2024-08-29 at 16.49
WhatsApp Image 2025-04-25 at 11.32
Dom João 2
pexels-cottonbro-10466266
Crianca-morta-em-carro-944x531

Notícias relacionadas