As barreiras sanitárias da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), localizadas nos distritos de Fragosos e Bateias de Baixo, em Campo Alegre, foram contempladas recentemente com um projeto-piloto de videomonitoramento 24 horas por dia. Segundo o coordenador de Pecuária da regional de Mafra do órgão, Fernando Bilinski, o sistema é composto por duas câmeras. Uma tem função panorâmica, permite ao fiscal agropecuário uma visão ampla do trânsito nas cercanias do posto de fiscalização. “Assim, o funcionário já pode fazer uma triagem”, ressalta Fernando. Outra câmera, do tipo OCR, permite a fotografia de veículos e de suas respectivas placas. “É praticamente o mesmo sistema utilizado pelos radares”, compara o coordenador.
Importância econômica
A importância econômica do setor é imensa para Santa Catarina. Reconhecido em 2007 e renovado em maio de 2014 pela OIE, o status sanitário de área livre da febre aftosa sem vacinação, por exemplo, é fundamental para a conquista de mercados competitivos para a carne suína, como Japão, China e Chile, com perspectivas de exportação também para a Coréia do Sul e Estados Unidos. A febre aftosa também pode acometer bovinos, caprinos e ovinos. Outros 22 estados brasileiros também detêm o título de área livre de febre aftosa, mas com vacinação.
Com os equipamentos tecnológicos, a regional da Cidasc poderá emitir uma série de relatórios sobre as atividades nas barreiras, as quais existem para impedir a entrada de produtos de origem animal e vegetal sem as devidas inspeções. A localização é estratégica, pois os acessórios estão instalados em dois trechos de divisa entre Paraná e Santa Catarina. Um exemplo clássico do controle efetuado pelo setor agropecuário é a febre aftosa. O território catarinense é o único Estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Dessa maneira, o controle faz-se necessário para que Santa Catarina não perca esse status.
APRESENTAÇÃO
Fernando lembra que os equipamentos já estão em funcionamento, apesar de ainda estarem passando por testes, os quais durarão até 28 de fevereiro. “É um sistema novo, e ainda estamos aprendendo a mexer com ele”, diz. O coordenador explica que, após a fase de testes e a oficialização do modelo, deve ser firmada uma parceria com órgãos como a Receita Estadual e as polícias Rodoviária, Militar e Civil, para integração à base de dados do sistema. O projeto será apresentado a autoridades regionais e a representantes do setor no dia 17, às 14 horas, no posto agropecuário de Fragosos.
