Cinco furtos em menos de três meses, sendo o mais recente na última quarta-feira, dia 19. Essa é a atual situação enfrentada pela diretoria do Centro de Integração Comunitário (CIC) do bairro Industrial Norte, em Rio Negrinho.
O presidente da entidade, Anderson Furtado, esteve em A Gazeta na última semana para falar das ocorrências e para fazer um pedido de apoio à Polícia Militar, bem como para a comunidade do bairro, para que haja mais rondas no local e também denúncias em casos de suspeitos rondando a sede da associação.
O primeiro furto foi no último dia de 2024, sendo confirmado apenas no dia seguinte, já que por se tratar de virada de ano muitas pessoas estavam fora de suas casas na data. O presidente conta que na ação, os bandidos entraram por uma janela basculante depois de quebrarem dois vãos. “Eles fizeram um quadrado na janela, entraram por ali, e roubaram alguns itens”, conta.
Após isso, a janela foi arrancada e foi fechada a parede. “Mas somos uma associação, então tudo que é decidido passa pela diretoria, nem sempre temos todos os valores necessários e, às vezes, é necessário levantar recursos, fazer um orçamento e ai contratar um profissional”, relata. “Entre a primeira ação e o fechamento da parede, a gente teve mais invasões. Conseguimos fazer alguns reforços nas portas, mas quando achávamos que resolveria, houve uma nova investida dos ladrões que, desta vez, sacaram o ar condicionado da parede e entraram”, conta.
Apesar de todos os reforços nas janelas e portas, os bandidos mudaram de estratégia e, na última semana, entraram pelo telhado do imóvel. “Eles pegaram a tampa do churrasqueiro, bateram e quebraram para conseguir entrar pelo foro que é PVC”, cita.
Mesmo não tendo mais bens materiais para furtar, os bandidos levaram espetinhos que estavam em uma geladeira e que estavam destinados para a próxima ação da entidade, para levantar recursos para as manutenções do Centro Comunitário.
Pedido de apoio
Furtado afirma que desde o primeiro episódio de furto, foram registrados boletins de ocorrência junto à polícia relatando o acontecido, mas, ainda assim, é necessário que sejam feitas mais rondas nas proximidades do CIC. “Nós estamos hoje de mãos atadas, porque a gente não sabe o que fazer. A primeira ação é comunicar a polícia, mas a gente espera um resultado disso, uma ação”, destaca. “Além disso, vamos reforçar os pontos do alarme que já temos instalado no local”, afirma.
O presidente também pede por mais apoio da comunidade do Industrial Norte na busca por pistas que possam levar a identificação dos bandidos. Segundo ele, mesmo com câmeras de segurança em alguns imóveis próximos ao Centro Comunitário, não foi possível registrar os atos dos bandidos. “A gente quer que as pessoas olhem pela gente, olhem pela situação, entendam tudo que a gente está passando lá e que juntos, comunidade, diretoria do CIC, órgãos públicos, Polícia Militar, todo mundo consiga se abraçar e conseguir resolver a situação”, opina.
Em busca de recursos
Anderson lamenta que os recursos arrecadados com as ações que o CIC desenvolve, em vez de serem destinados para projetos de melhoria, como a adequação para a acessibilidade em algumas calçadas, tenham que ser destinados para ações como a segurança do imóvel. “A gente vai ter que se reunir e recalcular nossa rota. As ações que a gente está desenvolvendo esse ano seriam para as melhorias da acessibilidade, mas agora, como a gente teve essa questão dos furtos, a gente já teve que tirar do caixa um valor para resolver”, cita.
“Vamos agora ter uma despesa com uma porta de vidro, vamos ter a despesa com a cobertura, e vamos ter despesa agora com a questão da parte do alarme, que é uma segurança do imóvel. Vamos ter que recalcular isso e focar no nosso bingo que acontece agora do dia 14 para conseguir fazer um bom caixa para a gente conseguir também tentar atender essa parte da acessibilidade”, comenta.
Para esse evento do dia 14, a diretoria já está correndo atrás das prendas. “Todo pessoal está se movimentando para que possamos ter bons prêmios e várias rodadas”, encerra.
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