Neste mês, o Casarão Zipperer, no Centro da cidade, alcançou a histórica marca de 100 anos de sua inauguração. Ocupado inicialmente como moradia para Jorge Zipperer e sua família, que lideravam a firma “Jorge Zipperer & Cia”, precursora da Móveis CIMO, indústria moveleira que chegou a ser considerada a maior da América Latina, o imóvel também serviu, por muitos anos, como sede do Museu Municipal Carlos Lampe. Contudo, desde 2018, ele foi interditado devido a uma série de problemas estruturais. Passados seis anos, seu futuro ainda é incerto.
No primeiro semestre deste ano, com recursos disponíveis através do Ministério do Turismo, de cerca de R$ 300 mil, a Prefeitura de Rio Negrinho chegou a abrir dois processos licitatórios para empresas interessadas em restaurar o Casarão Zipperer. A intenção era que a obra fosse realizada com recursos de um convênio de 2016 de apoio a projetos de infraestrutura turística. Os dois processos, porém, foram desertos, lembra a presidente da Fundação de Cultura, Viviane Tomelin Santin. A boa notícia é que os recursos continuam disponíveis.
“O projeto de restauro está em processo de licitação ainda, já foi aberto duas vezes, mas, infelizmente, deram desertas as duas. Estamos aguardando um novo processo abrir. O setor de projetos (da Prefeitura) está fazendo algumas adequações com a Amunesc (Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina)”, explica. A presidente da Fundação de Cultura, contudo, não tem previsão de quando essa adequação ficará pronta, nem tampouco de quando o novo processo licitatório deve acontecer. “Eles têm uma agenda dos processos”, diz.
Passos para recuperação
A licitação inicial seria para promover o restauro na estrutura do imóvel, como, por exemplo, em avarias das varandas. Mesmo não recebendo visitas em seu interior, o imóvel ainda abriga algumas peças de mobiliário, como do banheiro e da cozinha. Com um design inspirador em estilo bangalô, característico das casas de veraneio do norte europeu, o Casarão Zipperer destaca-se pela sua construção em dois pavimentos, utilizando madeira de pinho e vigamento em imbuia.
As tábuas cepilhadas, dispostas na horizontal, e as paredes internas com forro paulista em madeira de pinho mostram a qualidade e o cuidado na construção. O assoalho da varanda externa, feito em imbuia, complementa a beleza rústica do local, que se apoia sobre uma fundação sólida de pedra de arenito e tijolos maciços.
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