Casal de São Bento do Sul celebra 70 anos de casamento com amor e histórias

Evaldo e Melita celebram 70 anos de casamento com lembranças, afeto e gratidão

• Atualizado 4 horas atrás.

"No nosso tempo não era normal se separar. E nunca pensamos nisso", afirma Melita (Foto: Christian Hacke / A Gazetaa)

Dizem que o amor dura o tempo necessário para se tornar inesquecível. Essa frase faz muito sentido se olharmos para as vidas de Evaldo e Melita Brososky, moradores da região central de São Bento do Sul. Naturais de Corupá, os dois se conheceram muito jovens e se casaram no dia 2 de julho de 1955, e comemoraram esta semana 70 anos de matrimônio e de muitas histórias.

Evaldo, com 93 anos completados no mês passado, e Melita, com 91 anos completados em fevereiro, ambos esbanjam lucidez e lembram detalhes de quando se conheceram, lá em Corupá. “Eu perdia o trem por causa dela, ela me atrapalhava. Ficava batendo papo e perdia o trem”, brinca ele.

A diversão dos jovens à época era acompanhar as partidas de futebol e depois os bailes nos salões. “Lá tinha jogo de futebol, a gente ia no campo e depois tinha a domingueira. Eu conheci ele na casa de um primo que eu paquerava. Ele era meio malandro, aí deixei dele e peguei esse”, contou Melita. “Os dois irmãos dela jogavam futebol, então depois das 18 horas tinha a domingueira até meia-noite”, completou Evaldo.

Em busca de uma nova profissão, Evaldo chegou a São Bento do Sul em 1948 e trabalhou nas empresas Artefama e Buschle até aprender o ofício de barbeiro, função que exerceu por mais de 70 anos. “Eu tinha 21 anos quando vim trabalhar na Condor. Ele já trabalhava aqui, aí pensei em vir morar em São Bento com ele”, explica ela.

Da união do casal nasceu Edeltraud, mais conhecida como Traudi. “É uma história muito bonita a deles. Tiveram muitas dificuldades, passaram por muitas fases da vida, mas com muito esforço foram superando e vencendo. O companheirismo venceu e, graças a Deus, um é parceiro do outro”, frisou.

São Bento era outra
Trabalhando com muita dedicação e empenho, o casal ficou muito conhecido na cidade. Ela foi costureira por mais de 60 anos e ele, barbeiro. “Ela costurou pra muita gente, até vestido de noiva”, lembra Traudi. “Hoje em dia se compra roupa pronta, mas naquele tempo não tinha isso”, explicou Melita. “O pai passou por vários salões como barbeiro também, conheceu muita gente”, frisou a filha. Inclusive, Evaldo atendia em sua barbearia até a chegada da pandemia, quando resolveu descansar um pouco.

Para eles, a cidade era completamente diferente quando chegaram, no final dos anos 1940. “Quando eu vim pra cá, tinham 15 automóveis na cidade. Levantava poeira aqueles Fordinhos e a gente já sabia que lá vinha o velho Klimmek ou o velho Stelter”, lembra ele. “E como São Bento cresceu”, completou ela.

O casal e suas paixões
Além do amor que sentem um pelo outro, o cuidado dos jardins e a leitura diária do jornal A Gazeta, do qual são assinantes desde 1995, fazem parte da rotina. Outra paixão de Evaldo é ouvir, todos os dias, o programa Hora Alemã, com o radialista Ricardo Otto. “12h30 eu deito no sofá, puxo a coberta e fico escutando o rádio até às 15 horas. Eu gosto dessas músicas antigas”, disse ele.

Outras paixões do ex-barbeiro são o Fluminense e a Banda Treml. “Eu acompanho a banda desde 1955! As retretas eram mais divertidas, parece. Jogavam balas para as crianças que dançavam ao redor do coreto”, lembra.
Perguntados sobre o segredo para manter um casamento por tantos anos, a resposta é um misto de paciência e diálogo. “A gente tem que aguentar algumas coisas e vai levando, né. No nosso tempo não era normal se separar, os pais não aceitavam. E nunca pensamos nisso”, disse Melita. “Temos um fogão a lenha, então volta e meia sai uma faísca mesmo”, brincou ele.


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