Por conta de algumas dúvidas levantadas sobre a segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas, os responsáveis pelos cartórios eleitorais têm se dirigido à população para trazer esclarecimentos.
A chefe do Cartório Eleitoral de São Bento do Sul, Elizabeth Fae Dresch Nogueira, comunica à população que a urna eletrônica adotada para as eleições no Brasil é um dos dispositivos eletrônicos mais seguros e invioláveis. Segundo ela, alguns artigos escritos em revistas de projeção nacional têm criticado o sistema e indagado se o mesmo é de segurança garantida.
Como essas indagações ganharam projeção, a Justiça Eleitoral tem solicitado aos Cartórios que levem à população a clareza dos fatos. Elizabeth conta que o dispositivo conta com um dos mecanismos mais seguros já fabricados e que não há como adulterar os dados que são digitados pelo eleitor. “Não existe como manipular esses dados. O sistema é autônomo, não tem conexão com a internet e não pode ser acessado de maneira equivocada. Além disso, os dados encaminhados para Florianópolis, onde os números são compilados pelo Tribunal Eleitoral, são afixados por meio de um relatório extraído da urna na presença de muitas pessoas, que acompanham o processo na cidade”, informa.
A responsável pelo Cartório ainda acrescenta que a segurança da urna está garantida por conta da colocação dos dados em todas as urnas ser feita por servidores do Cartório Eleitoral, uma equipe especializada para tal situação. “Seria impossível que apenas dois servidores efetivos realizassem esse serviço, mas temos pessoas contratadas e que passam por treinamento específico para que os dados sejam inseridos de maneira eficiente. É feito um edital convocando as pessoas que desejam presenciar a confirmação dos dados configurados na urna, é um processo totalmente transparente”, segue.
Números
Na Zona Eleitoral de São Bento do Sul e Campo Alegre, um total de 192 sessões eleitorais estarão à disposição da população no domingo. Serão 191 sessões de votação e uma de justificativa, que ficará na Casa da Cidadania, em Campo Alegre. Haverá 39 equipamentos de reserva, caso haja necessidade de troca de urnas.
Além disso, esclarece que, na configuração das urnas, ainda é realizada uma atividade de verificação, para confirmar as informações inseridas no dispositivo. “Não tem como mudar o programa de acesso à votação na urna. Se uma destas urnas receber tentativa de violação, a gente fica sabendo, pois o programa é específico e idôneo. Isso pode ser conferido por quem desejar. A votação é totalmente segura, e os dados não podem ser adulterados. A Justiça Eleitoral ainda conta com a votação paralela, mais uma ferramenta para comprovar a idoneidade do equipamento”, acrescenta.
Elizabeth explica ainda que nenhum hacker pode invadir a urna eletrônica justamente pelo fato de não existir conexão com a internet. “Temos o relatório de todas as urnas, e os próprios partidos políticos se encarregam de ficar com os números ainda no município de votação para conferência final. Nosso Tribunal em Santa Catarina é o mais eficiente do país por conta do trabalho de organização que realiza desde a preparação até a apuração das eleições”, encerra.