Segunda-feira, 9 de junho de 2025

Camila Pereira troca de time após defender a seleção brasileira principal

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• Atualizado 10 anos atrás.

Do início ao fim, 2014 foi um ano marcante para a carreira da atleta são-bentense Camila Martins Pereira. Aos 20 anos, a lateral-esquerda obteve grande destaque atuando tanto no seu clube quanto na seleção brasileira de base, e chegou no final do ano até a seleção feminina principal de futebol. Para 2015, a expectativa é de seguir crescendo, e o novo ano já começa com novidades na carreira da atleta.

Depois de três anos defendendo as cores do Kindermann, de Caçador, Camila irá iniciar 2015 atuando pela Ferroviária, de Araraquara, no interior paulista. “Começamos a conversar quando eu estava no Torneio Internacional de Brasília, e a gente acabou fechando na semana passada”, explica. “É um grande clube, com mais visibilidade, e minha característica de jogo se encaixa com a deles”, lembra a atleta, que embarcou nessa semana para São Paulo, para dar início a pré-temporada.

Um ano para relembrar
Do ano que passou, a atleta só tem boas recordações. Ele começou com a disputa do Sul Americano Sub-20, disputado em janeiro, no Uruguai. Na competição, Camila foi titular, e ajudou o Brasil a sagrar-se campeão invicto do torneio, garantindo ainda uma vaga para participar do Mundial da categoria.

No Mundial, disputado no Canadá, no meio do ano, a seleção acabou caindo no chamado “grupo da morte”, contra China, EUA e Alemanha. Apesar de eliminado na primeira fase, Camila destaca o aprendizado e o destaque individual que teve no torneio. “Fiz grandes partidas, me senti muito bem em todos os jogos”, cita.

Futuro escolhido com foco no sonho olímpico

Por ter se destacado em 2014, Camila despertou o interesse de diversos clubes do mundo. Porém, a escolha de ir para Araraquara e permanecer no Brasil tem a ver com um sonho pessoal da atleta de seguir na seleção principal, como conta seu pai, Edson Luiz Pereira. “Foi uma opção dela ficar no Brasil, o foco da Camila é Mundial, Pan- Americano e principalmente as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Ela teve propostas dos EUA, Noruega e Coréia do Sul, mas preferiu ficar”, diz.

Seleção permanente

Para participar do Mundial de Futebol Feminino, que será disputado no Canadá, o Pan Americano de Toronto, também no Canadá, e principalmente as Olimpíadas do Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está montando uma seleção permanente, um grupo de aproximadamente 27 atletas que terá contrato com a CBF e irá apenas se dedicar às respectivas competições.
A lista com o nome das atletas que irão compor a seleção permanente da CBF sairá em março. Apesar de não ter sido chamada na última convocação, para participar da Copa Algarve, em Portugal, Camila espera que, atuando no centro do país, possa voltar a receber oportunidades e quem sabe estar na seleção permanente. “Eu vou trabalhar firme para ficar entre as meninas que estarão na permanente”, destaca.
Caso seja chamada para a seleção permanente, Camila irá se desligar do seu recém-chegado clube e se dedicar apenas aos treinamentos para defender o Brasil em amistosos e competições oficial.
Caso contrário, ela terá um ano de calendário cheio pela Ferroviária, com a disputa do Paulista, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores da América. “Fui titular em todos os lugares que passei, então vou procurar fazer isso nesse ano para jogar no clube e chegar na seleção novamente, quero ganhar todos os títulos possíveis”, diz, lembrando que a não convocação para a seleção permanente não exclui a chance de voltar a ser chamada para defender o Brasil.

Dando sequência à temporada com a camisa do Kindermann, Camila chegou até a final do Campeonato Brasileiro da modalidade – perdendo na final justamente para a Ferroviária, seu novo clube. E foram as boas atuações na reta final da competição que trouxeram para a atleta sua maior conquista em 2014, a seleção brasileira principal. “A gente traça objetivos, e eu queria sim ir para a seleção principal, porém eu e minha família não esperávamos que fosse tão rápido, foi muito especial e importante para mim”, diz.

Seleção Brasileira: aprendizado e autógrafo

A sua primeira experiência com a amarelinha foi na França, em Paris, em um amistoso contra a seleção local disputado em novembro. Apesar da derrota por 2 a 0, Camila jogou os últimos 20 minutos da partida, e a boa atuação da atleta garantiu uma convocação para a disputa do Torneio Internacional de Brasília, realizado em dezembro.

Ao lado de Marta, Formiga e companhia, Camila viu do banco o Brasil vencer três partidas, empatar uma e sagrar-se campeão da competição. Ela conta que estava escalada para atuar na terceira partida do campeonato, contra a China, mas que uma pequena intervenção cirúrgica no olho a impediu de jogar.

Porém, o fato de não entrar em campo não diminuiu a importância do evento para a carreira e o futuro da lateral-esquerda. “Foi um grande aprendizado, logo saindo da seleção de base e indo para uma principal. Pude encontrar jogadoras de alto nível e com uma bagagem grande, só de olhar já é um aprendizado”, diz.

Camila destaca ainda a visibilidade que a seleção principal traz para a carreira. “É diferente, tem repórteres e fotógrafos todos os dias lá acompanhando”, relata, e segue. “Normalmente se espera que o público vá em cima das referências, como Marta, Formiga, mas o carinho era geral, então eu tirava fotos, dava autógrafo, uma coisa que eu não esperava”, brinca.

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