A Câmara de Vereadores aprovou na noite de segunda-feira (03) o projeto de lei que cria 27 cargos comissionados na Prefeitura. Os votos favoráveis foram dos seis vereadores da base, que são maioria: Terezinha Dybas (PSD), Darlan Guliani (PSD), Luiz Pesenti (PSD), Hélio Alves (UB), Karen Lili Fechner (UB) e Alisson Hastreiter (UB).
Antes da votação do projeto que criou os cargos, houve análise de nove emendas, sendo oito delas assinadas pelo vereador Adriano Reinhardt (PP), o Chicão, e uma da vereadora Carla Hofmann (Republicanos). Em praticamente todas, os vereadores tentavam retirar alguns cargos da lista de criação, justificando serem funções exclusivas para serem realizadas por servidores de carreira, ou seja, concursados, e não comissionados.
No caso da emenda sugerida por Carla Hofmann, a proposta era a retirada do cargo de assessor do vice-prefeito, já que o vice-prefeito, por lei, não tem atribuição na Prefeitura. E mesmo assim a Prefeitura tem custo de R$ 81 mil anuais com servidor comissionado que acaba não tendo função. Mas, mesmo diante das argumentações dos autores, os vereadores da base do governo seguiram derrubando uma atrás da outra.
Durante as discussões das emendas, Carla Hofmann lembrou que alguns dos cargos comissionados indicados hoje estão na Prefeitura por apadrinhamento político, tanto que alguns já passaram por diversas funções e pastas nos três anos e meio da atual gestão. Conforme a vereador, ou tais pessoas são de um conhecimento excepcional que conseguem atuar em várias áreas diferentes, ou só estão lá por serem protegidas.
Quanto às emendas apresentadas por Chicão, a grande questão estava relacionada à continuidade de ações. Por serem funções comissionadas, os ocupantes podem ser trocados a qualquer momento, assim como pessoas sem qualificação técnica podem ser nomeadas, e isso prejudica uma continuidade de uma série de ações, caso tivesse algum servidor efetivo mantendo os serviços independentemente de governo.
Muitos dos ocupantes dos cargos comissionados que estavam em discussão foram até a Câmara de Vereadores, na segunda-feira (03), acompanhar as discussões.
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