A partir dos próximos meses, a atriz são-bentense Virginia Neumann volta a atuar em frente às câmeras. A gravação do primeiro capítulo – que servirá como projeto-piloto da websérie “O Prisma” – ocorreu no fim de semana, em Itajaí. Sob direção e roteiro de Rafael Boeira, Virginia vai viver a jovem protagonista Marina.
O projeto-piloto vai servir para buscar recursos através de patrocínios, financiamento coletivo e leis de incentivo à cultura, a fim de possibilitar a produção dos próximos nove capítulos da websérie. “A ideia é conseguir cerca de R$ 50 mil para retomar as gravações em fevereiro de 2015”, explica Virginia, sendo que cada capítulo ficará disponível no Youtube.
O Prisma entra para o currículo da atriz como o terceiro trabalho no cinema. Virginia estreou o curta “No meu apartamento ou no seu?” em 2013. No ano passado, também protagonizou o filme “Vodou Doll”, além de atuar em outros trabalhos. A atriz chegou a cursar um ano de Artes Cênicas na Fap, em Curitiba, mas acabou concluindo o curso de Letras em Joinville. Além do cinema, atua profissionalmente como revisora.
Informações sobre o filme
“O Prisma” surgiu com o objetivo de movimentar a produção de cinema independente na região sul do Brasil, e há a pretensão de concorrer em festivais. O jovem Pedro vive o drama de deixar para trás a mulher da sua vida, Marina, e partir em busca dos pais, que desapareceram subitamente em uma noite sombria. Boeira explica que o projeto quer motivar o espectador a refletir sobre a intensa batalha que um jovem enfrenta no mundo pós-adolescência e sobre a importância de uma família unida. Detalhes podem ser acompanhados através da página do Facebook e do site da websérie
Durante as gravações, Virginia contracena com o ator Adriano Magalhães, que vive Pedro, parceiro de Marina. O teste de elenco teve mais de 40 inscrições. “Fiquei sabendo deste trabalho pelo Facebook. Fiz o teste no final de agosto, passei e iríamos começar a gravar já em setembro, mas um período de chuvas atrapalhou”, relata Virginia. A equipe é formada por profissionais catarinenses dos municípios de Porto Belo, Itajaí, Itapema e Balneário Camboriú.
Sobre a composição da personagem, a principal dificuldade encontrada pela atriz se deu em incorporar uma garota com pouca idade, sem personalidade formada. “Duas cenas do primeiro capítulo exigiram bastante, porque os diálogos eram um pouco longos. Havia o receio de esquecer a fala aliado aos contratempos de gravar ao ar livre. Mas a experiência foi enriquecedora”, avalia Virginia, ao destacar o crescimento do cinema independente no Estado.