Segunda-feira, 7 de abril de 2025

Agricultores estimam perder até metade da produção pelo excesso de chuva

• Atualizado 1 anos atrás.

As fortes chuvas predominaram durante as últimas semanas no Sul do Brasil, deixando também um rastro de destruição nas lavouras da região, causando sérios danos e prejuízos para diversos agricultores. Diversas culturas agrícolas, como tabaco, soja e milho, foram afetadas.

Muitas lavouras acabaram devastadas pelas enxurradas. Agora, com uma trégua na chuva, agricultores da região contabilizam as perdas com uma única certeza: mesmo se o tempo melhorar, as perdas serão grandes na safra atual.

Nesta época do ano, muitos produtores de soja já deveriam ter suas lavouras cultivadas. Contudo, devido às chuvas, grande parte dos agricultores precisou atrasar o início do plantio.

Muitos produtores de trigo não conseguem colher suas lavouras porque, com o clima úmido e chuvoso, as máquinas colheitadeiras não conseguem entrar nas plantações. Nos cultivos de milho e tabaco, os produtores também contabilizam muitas perdas por causa do mau tempo.

Os agricultores Valdecir e Jhonafe Seidel, pai e filho, residentes na comunidade rural de Quicé, em Piên, cultivaram neste ano 110 mil pés de tabaco.

“Nos últimos anos, cultivávamos apenas soja e milho. Neste ano, decidimos voltar a plantar tabaco, mas, com as chuvas, estimamos perder aproximadamente metade da produção”, disse Valdecir. “Em grande parte de nossas áreas plantadas com tabaco, os pés já estão amarelando por causa do acúmulo de água e da umidade”, lamentou Jhonafe.

Eles utilizaram algumas reservas financeiras para adquirir as mudas de tabaco nesta safra. Agora, eles esperam uma melhora no clima para saber quanto de suas lavouras de tabaco sobreviverá.

“Fomos prejudicados pelas chuvas na safra passada. Nossa produção já tinha caído bastante por causa do mau tempo”, relembrou Jhonafe. “O preço do fumo ainda não foi divulgado, mas estamos esperançosos de que seja bom neste ano. A produção do tabaco perderá metade com as chuvas”, acrescentou Valdecir.

Quanto à soja, a família espera uma melhora no tempo para iniciar o cultivo. “Nossa soja já deveria estar toda plantada. Contudo, com esse clima, se plantarmos, tudo apodrecerá e as sementes podem não se desenvolver. Além disso, precisamos de, no mínimo, uma semana de sol para entrar com as máquinas nas lavouras. Portanto, vamos esperar mais um pouco para não arriscar perder um grande investimento em sementes”, disse o filho.

Perdeu tudo
O agricultor Miguel Kurovski, residente na comunidade rural de Mosquito, em Piên, comentou que, se o tempo não melhorar, os prejuízos aos agricultores serão ainda maiores. Miguel perdeu uma grande quantidade de milho em uma de suas lavouras, em uma área que acabou ficando totalmente alagada. “Naquele capão alagado, perdi 100% do milho plantado. Lá, infelizmente, não há mais o que fazer”, lamentou o produtor.

Miguel, assim como muitos produtores na região, está esperançoso de que o tempo melhore, para, dessa forma, conseguir colher algo de suas produções. “Este ano, as colheitas estão sendo muito prejudicadas pelas chuvas. Em muitas lavouras de milho e fumo, as plantas estão murchando por causa de tanta chuva. Já estamos enfrentando prejuízos e, se continuar a chover assim, o prejuízo será ainda maior. A esperança que nos resta é que o tempo melhore para que possamos ter alguma colheita”, concluiu o agricultor.

Confira a reportagem na íntegra no jornal impresso da edição desta terça-feira (24).

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