Sábado, 14 de junho de 2025

Acesso à penitenciária de São Bento apresenta um grande risco: “Vai morrer gente aqui”

Local já começou a receber presos, e movimentação de veículos deve aumentar

• Atualizado 23 horas atrás.

Grande fluxo de caminhões acessando a Rua Miguel Hubl pode gerar um problema no trânsito (Foto: Christian Hacke)

Com o pleno funcionamento da Penitenciária Industrial de São Bento do Sul, a preocupação agora é com a logística de acesso ao local. Situada na Rua Miguel Hubl, no bairro Lençol, o complexo penal está há poucos metros da rodovia BR-280, mas seu acesso, para quem segue sentido Rio Negrinho, é proibido por estar em um ponto sem visão, obrigando motoristas a contornarem o trevo do Lençol, distante a cerca de um quilômetro. Com a grande movimentação de visitantes e caminhões de mercadorias à penitenciária, o local parece ser uma tragédia anunciada no trânsito.

A preocupação com o acesso ao complexo não é nova, mas o assunto ganha força com o início em definitivo das operações da penitenciária, que recentemente passou a receber novos presos. “No ano passado estive em Florianópolis e vi que estava sendo discutido isso, o DNIT já havia discutido isso com os vereadores e provocou a Prefeitura. Vamos ser sinceros, vai morrer gente aqui”, comentou Léo da Silva Feliciano, diretor da penitenciária em São Bento do Sul.

Ele conta que dias atrás, ao sair do local, ficou observando o fluxo de veículos na rodovia. “Uma carreta leva quatro segundos de onde aponta até passar. Esses dias vi passar uma moto, dessas 1.100 (cilindradas), não levou dois segundos. Daqui uns dias vai ter caminhão de alimentação para cá, caminhão de produtos das empresas entrando e saindo, 700 presos, multiplicando isso por familiares visitando”, disse, citando o movimento esperado.

Dentre as tratativas, a promotoria local provocou uma reunião entre o DNIT e Prefeitura, além da administração penal. “Pensamos em colocar lombada eletrônica, redutores, mas o DNIT falou que eles têm um estudo que mostra que na BR não se pode mais colocar, porque ocasiona mais acidente do que evita. A única situação, num primeiro momento, é que pediram um trevo, duas marginais e uma passarela, mas o fluxo de pessoas é pequeno”, explica Léo.

Nesta reunião, segundo o diretor, o DNIT explicou que o investimento deve ser custeado pelo município naquele local. “Teve uma comitiva de São Bento do Sul que já foi na Secretaria de Infraestrutura do Estado pedindo verba para fazer isso, mas vai demorar e vai dar muito acidente até isso se concretizar. Cada vez que saio aqui eu vejo um problema em cima do outro”. lamentou.

Alterações necessárias
Feliciano disse que sugeriu uma mudança no traçado da própria rua, já que o terreno da penitenciária faz divisa com a rodovia. “Até por questões de segurança, queríamos mudar esse trajeto para desembocar em um morro e ter mais visão ao sair. Isso está em estudo agora, mas hoje não temos uma solução, e isso é uma preocupação”, disse.

Conforme o diretor, os órgãos já estão cientes da situação e a promotoria, inclusive, fez atas das reuniões realizadas. “Quem sai da Penitenciária e precisa ir sentido Rio Negrinho, primeiro tem que ir na Denk fazer o retorno e depois voltar. Mas é só ficar olhando, ninguém faz isso! E quem está vindo de lá (da Denk) não deve entrar direto, precisa ir até o trevo do Lençol, retornar e entrar. Quem está obedecendo isso, que tenho visto, são os caminhões. Um mês atrás teve uma batida ali, um senhorzinho saiu do posto de saúde, atravessou e veio outro carro”, relatou Léo.

Quem trafega pela rodovia e passa pelo local pode observar uma placa de conversão à esquerda proibida. Outra placa, com a mesma restrição, foi colocada na saída da Rua Miguel Hubl, na margem da BR. “Na legislatura passada fizemos uma moção de apelo, solicitando melhorias. Foi entregue o ofício dos vereadores, mas não tivemos respostas”, lembra a vereadora Zuleica Voltolini (PP), que na época era presidente do legislativo.


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