Após encontro realizado em outubro, reunindo representantes do poder público são-bentense e da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), mais um passo foi obtido para que a Estação Ferroviária de Rio Vermelho um dia seja restaurada.
Segundo explicou nesta semana a presidente da Fundação Cultural, Bárbara Simone da Silva, a associação já obteve o Termo de Cessão de Uso do imóvel histórico.
“Inclusive a ABPF já tem um pré-projeto de restauração. Agora estamos aguardando a entrada do projeto na Fundação Catarinense de Cultura e no Iphan”, comentou Bárbara, referindo-se ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Conforme ela, o pré-projeto aponta que os trabalhos, quando concluídos, vão dar uma nova configuração não apenas à estação, mas resultar em agregação de valor ao próprio bairro Rio Vermelho Estação, com impactos diretos na cultura, no turismo e na economia.
Lembrando que a estação não pertence ao município, e sim à Rumo Logística, a presidente da fundação ressaltou que, após análise e aprovação do projeto, a associação poderá atuar na busca por subsídios para as obras. Porém, observou Bárbara, “há um longo caminho” até que a restauração da estação seja feita.
A ABPF solicitou a cessão da estação à Rumo em 2021, destacando que “a importância histórica desta estação para este ramal é de extrema relevância, pois lá era o meio do trecho das longas viagens de trens entre Porto União e o Porto de São Francisco, uma vez que o local era a parada dos passageiros para o almoço”.
A associação cita, no pedido, que a ABPF – Regional Sul é a operadora do trem turístico da Serra do Mar, trecho Rio Negrinho a Corupá, informando que o objetivo é deixar tanto a estação como seu entorno em condições apropriadas para a atividade. Segundo o documento, a Rumo não possui mais interesse neste bem, pois as operações atuais, mais tecnológicas, não necessitam desta estação como apoio.
Centenária
A Estação Ferroviária de Rio Vermelho foi construída entre 1910 e 1913, na época da instalação da estrada de ferro no município. Com essa história mais do que centenária, o imóvel atualmente apresenta uma série de pichações.
Sem contato
Na sexta-feira (16) A Gazeta contatou a ABPF para obter mais informações sobre a cessão de uso, mas não obteve retorno.
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