A casa de Clovis Kitzberger, 33 anos, entrega a sua principal paixão. O gerente de estacionamento não vê o Palmeiras apenas como um time, mas como um sentimento. Ele é um verdadeiro fanático pelo verdão, o que fica explícito para quem visita a sua residência. São artigos temáticos espalhados por todos os cantos.
No quarto, é roupa de cama, toalha pendurada, tapete e vários pôsteres, que dividem a parede com algumas bandas de rock. Na casa de Clovis, ainda são encontrados oito canecos de chope, toalhas de banho, meias, bonés e, claro, a bandeira do time paulista. Isso sem falar nos objetos menores, como relógio, porta-CD, garrafinha de água, copo, porta-retrato e bolsa. Obviamente, Clovis também tem a camisa do time do coração. Mas não é apenas uma, são 12.
Outro artigo especial que ele guarda é um recorte de 2003 do jornal A Gazeta, quando o torcedor saiu para a rua às 23 horas de um sábado para comemorar o título da Série B do Campeonato Brasileiro. A reportagem tinha uma foto sua. A paixão, segundo Clóvis, começo logo cedo, quando ainda era menino. Como ídolo, destaca os ex-jogadores Marcos (goleiro) e Evair. “Eles fizeram muito pelo futebol e, principalmente, pelo Verdão”, lembra.
Campeão
A aposta de Clovis não poderia ser outra. Ele acredita que o Verdão vai ser campeão brasileiro em 2015, apesar dos tropeços no Paulistão. Na sua análise, o time está se entrosando no momento e no final tudo dará certo, para que o Palmeiras faça assim como diz seu hino: “Sabe sempre levar de vencida e mostrar que, de fato, é campeão!”.
Grandes jogos
Para Clovis, é sempre bom lembrar dos bons momentos do time, entre eles, destaca o gol de Oseias na final da Copa do Brasil, em 1998, sobre o Cruzeiro. A partida estava prestes a ser a primeira a ser decidida nos pênaltis na história da Copa do Brasil. Mas o chute sem ângulo de Oséas, aos 44 minutos do segundo tempo, impediu que a escrita fosse quebrada.
Na galeria dos jogos inesquecíveis, aponta a vitória nos pênaltis do Palmeiras sobre o Corinthians, quando Marcos defendeu cobrança feita por Marcelinho Carioca, na semifinal da Libertadores de 2000. Ao vivo, Clovis já viu a vitória do Palmeiras sobre o Paraná Clube, em 1994.
O torcedor alviverde também lembra do gol mais bonito de todos os tempos. Para ele, foi o chute certeiro, do meio do campo, do jogador Diego Souza. O atleta aproveitou sobra e chutou no alto, de voleio e de primeira. A bola atravessou todo o gramado e foi para a rede, encobrindo o goleiro do Atlético Mineiro, em 2009.