Segunda-feira, 9 de junho de 2025

A história ajuda a explicar o motivo de tanto alagamento

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• Atualizado 10 anos atrás.

O caso é antigo: chuva forte resulta em alagamentos. Isso em São Bento do Sul é tão certo quanto 2 + 2 são 4. Mas há como evitar? Antes de falar em solução, vamos voltar no tempo. Uns 140 anos atrás. Naquela época, uma colônia agrícola foi criada e loteada. Os lotes então distribuídos, em sua maioria, para imigrantes que chegavam à região trazidos em navios que partiam da Europa.

Com a distribuição das terras, acabou se iniciando uma vila, que mais tarde transformou-se em cidade. Mas onde surgiu a vila? Justamente onde hoje fica o Centro de São Bento do Sul. E por qual motivo ali? Justamente por se tratar de uma área alagadiça, a qual não servia para a agricultura à época.

Ao longo desses 140 anos, pouca coisa acabou sendo feita para descentralizar a cidade, e hoje a dependência desse núcleo – que no passado era área de banhado – é cada vez mais intensa. Sem contar que naquela época não se existia o que hoje falamos de consciência ambiental. Nascentes foram soterradas, córregos e rios tubulados e até mesmo tendo seus sentidos alterados para garantir que, no lugar de seu curso original surgissem edificações.

Quem nunca ouviu falar das galerias existentes na área central de São Bento do Sul? Pois bem, elas foram construídas ao longo do tempo justamente para tentar garantir o fluxo das águas e, por consequência, amenizar os problemas de alagamentos. E os mais antigos sabem que nos dias atuais o volume de água que se acumula no Centro, apesar de chamar a atenção, é menor do que o ocorrido há poucas décadas.

Mas não é só isso. Além da questão histórica que nos ajuda a compreender o presente, existem os fatores humanos que contribuem para os problemas se agravarem. Casas construídas abaixo do nível das ruas; aterros criminosos feitos em loteamentos, onde nascentes foram enterradas e vegetação nativa derrubada por conta do interesse financeiro de poucos; o lixo que se acumula em córregos, riachos ou mesmo nas calçadas, tampando as bocas de lobo por onde deveriam escoar as águas; e claro, a incompetência de quem deveria, já no passado, ter zelado e fiscalizado para evitar que hoje muitos chorassem o leite derramado.

Porém, só reclamar não é a solução. É preciso que todos passem a ter consciência dos problemas e atuem como protagonistas e de maneira coletiva na busca por soluções. Ao poder público cabe intensificar a fiscalização, cobrar a aplicação de leis e agir com rigor naquilo que estiver errado. Mas também cabe a obrigação de analisar cada caso e buscar melhorias na medida do possível. A missão é árdua e deve ser feita por todos.

Não vamos nos esquecer, também falando em galerias e rios, das diversas ações já promovidas para limpeza dessas áreas, onde costumam ser encontrados fogões, sofás, televisores, pneus e diversos outros objetos que só foram parar nos cursos d´água porque alguém os jogou lá. Infelizmente, para alguns, os anos passam e, ao invés de evoluírem, retrocedem e logo devem voltar à escala de seres irracionais.

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