O empreendedor é aquele que toma a iniciativa de abrir seu próprio negócio, identificando oportunidades e transformando-as em uma organização lucrativa. Prestes a comemorar 151 anos de progresso e desenvolvimento, São Bento do Sul tem no empreendedorismo local uma de suas maiores forças, qualidade reconhecida ao longo de sua história, construída pela tenacidade dos imigrantes europeus e seus descendentes. Desde microempreendedores individuais (MEIs) até CEOs de grandes empresas, todos contribuem de forma essencial para o crescimento do município.
Para ilustrar a rotina destes profissionais, desde os microempreendedores até os grandes empresários, A Gazeta produziu uma série de reportagens sobre o desenvolvimento econômico da cidade. As reportagens serão publicadas diariamente nas próximas edições do jornal impresso, contando a história de diferentes tipos de empreeendedores, e um vídeo será divulgado nas redes sociais para compartilhar os depoimentos dos empreendedores.
Para que o empreendedorismo ocorra, é necessário um trabalho em conjunto da sociedade, especialmente apoiado por políticas públicas consistentes e modernizadas, organizadas em processos que incentivem e preparem novos empreendedores. Também é importante oferecer suporte ao ambiente de negócios das grandes indústrias já consolidadas em diversos setores, como moveleiro, metal-mecânico, plástico, cerâmico e têxtil.
De acordo com Andréa Tamanine, secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Bento do Sul, essa atuação do poder público fortalece a economia e cria um ecossistema empresarial mais diversificado. “São Bento do Sul é uma cidade resiliente; essa capacidade de empreender em todas as categorias — seja no empreendedorismo inovador, nos negócios tradicionais, no empreendedorismo social ou na revolução tecnológica dos setores por meio das startups — é o que vemos como a grande fortaleza do empreendedorismo local, gerando um impacto positivo em nossa comunidade”, afirma.
A secretária destaca que o município está no mesmo nível das cidades mais empreendedoras do Brasil, especialmente na criação de novos negócios. Segundo ela, há um posicionamento claro sobre a importância de apoiar as empresas estabelecidas e também de atrair grandes empresas relevantes para a cidade, ao mesmo tempo em que se fomenta e capacita os pequenos negócios, contribuindo para o crescimento dessas novas iniciativas empreendedoras.
Andréa também menciona que os microempreendedores individuais (MEIs) formam uma das bases do empreendedorismo na cidade. Dados recentes mostram que São Bento do Sul registrou um aumento significativo no número de MEIs nos últimos anos, reflexo de uma política pública de incentivo à formalização do pequeno empreendedor. Atualmente, são 6.668 MEIs, variando de vendedores autônomos a prestadores de serviços especializados, contribuindo diretamente para a geração de empregos e para a economia local.
“O emprego formalizado gera uma série de benefícios econômicos e sociais. Os trabalhadores formalizados têm acesso a direitos como crédito, planos de saúde e aposentadoria, o que também movimenta a economia. Embora as grandes empresas sejam responsáveis por cerca de 10 mil empregos, é importante salientar que as micro e pequenas empresas (MPEs) geram praticamente 15 mil empregos em São Bento do Sul, mostrando uma distribuição interessante e equilibrada. Muitas MEIs geram empregos, pois também podem ter funcionários. É essencial entender essas dinâmicas para construir boas políticas públicas”, complementa Andréa Tamanine.
Micro e Pequenas Empresas
As micro e pequenas empresas (MPEs) também têm uma presença forte em São Bento do Sul, sendo responsáveis por uma parcela significativa do PIB local. Em 2022, a cidade contava com 4.206 estabelecimentos, responsáveis pela criação de 30.707 empregos formais. As microempresas representavam 91,05% dos negócios do município, enquanto as pequenas empresas compunham 7,42% desse total.
Por outro lado, as grandes empresas e seus CEOs representam o ápice do sucesso empresarial em São Bento do Sul. Empresas como Tuper, Condor, Oxford, Fiação São Bento, Artefama, Buddemeyer, Weihermann, SCM Tecmatic, Ecoflex, entre outras gigantes, não só impulsionam a economia local, mas colocam São Bento do Sul no mapa como um polo de desenvolvimento industrial e tecnológico.
Em 2021, o município registrou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 4,6 milhões, ocupando a 18ª posição entre os municípios de Santa Catarina. A indústria foi responsável por 46,50% desse PIB, seguida pelo setor de serviços, com 40,24%. A agropecuária representou 1,56%, evidenciando a diversidade econômica da região.
Poder Público
Entre os programas promovidos pelo poder público, Andréa Tamanine destaca o trabalho realizado com o primeiro programa de microfinanças do município, efetivado através da Casa do Empreendedor. “O programa Juro Zero São Bento do Sul foi uma das iniciativas mais significativas. Na época de sua criação, fomos a terceira cidade em maior volume financeiro para pagar juros remuneratórios no estado de Santa Catarina, disponibilizando recursos para MEIs e microempresas (MEs)”, explica.
A política pública também se concentra em apoiar o crescimento das empresas locais, promovendo crédito, formação e capacitação. “Nossa política não é assistencialista. Queremos que as empresas cresçam, e para isso, oferecemos crédito, capacitação e educação empreendedora”, finaliza Andréa.
Quem quiser saber mais sobre o programa, pode procurar a Casa do Empreendedor pelo WhatsApp (47) 3631-6065, ou indo até a sua sede, na Rua Marechal Floriano, Centro.
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