Matriz do Centro transforma barranco abandonado em bosque com apoio da comunidade

Bosque São Bento está pronto e será inaugurado neste sábado (12)

• Atualizado 9 horas atrás.

Entrada do bosque terá crucifixo (Foto: Zuciane Peres / A Gazeta)

Em meados do ano passado, a Paróquia Puríssimo Coração de Maria deu início a um sonho ousado: transformar um barranco, na lateral da Igreja Matriz, em um bosque. Esse sonho levou meses de construção, mas agora ganhou forma, significados e muitas cores. Afinal, o Bosque São Bento está pronto e será inaugurado neste sábado (12), oferecendo aos moradores da região um novo espaço de lazer e convivência na cidade.

Mas, se a ideia saiu do papel, como faz questão de enfatizar o pároco Luciano Toller, foi graças à comunidade, que abraçou o projeto e se envolveu em cada detalhe. “Eu fiquei muito contente com a participação, acho que as pessoas ajudaram porque acharam a ideia legal, tomaram para si. Fiquei surpreso com a adesão espiritual a São Bento”, afirma.

E foi graças a São Bento, o copadroeiro da paróquia, que o pontapé para a construção começou a ganhar vida. Primeiro, o padre Luciano resgatou a devoção ao santo, algo que, para muitos, havia sido esquecido na história da cidade. Com isso, iniciou-se a construção do monumento, em 2023.

Porém, atrás do espaço, havia um terreno inutilizado, onde até mesmo pessoas usavam o lugar para práticas inadequadas. “A intenção nossa era recuperar um lugar que estava desconsiderado na paróquia e que estava sendo usado para fins que não eram bons. Então, a gente situou o monumento paralelo à igreja, num lugar mais recolhido, para que as pessoas tenham essa possibilidade de virem e encontrarem um lugar de paz”, explica.

Aliado a isso, o padre conta que faltava uma área de convívio para todos que iam até a Matriz. Logo, o bosque começou a ser desenvolvido no ano passado, com a ajuda de muitas mãos, pois foram vários os fiéis que contribuíram com a iniciativa do padre. Teve a participação daqueles que colaboraram com recursos financeiros; inclusive, todos os recursos para o bosque foram oriundos das doações, além do apoio da iniciativa privada.

Família Puríssimo
Até mesmo o projeto arquitetônico foi uma entrega voluntária das irmãs Juliane e Ana Paula, da Weber Arquitetura. As duas fazem parte da paróquia e estão sempre presentes nas celebrações, por isso contam que, quando souberam do bosque, quiseram colaborar. “Desde o início ficou claro o quanto esse sonho era significativo para o padre. Fazer esse projeto para a gente foi uma forma voluntária de retribuir, se colocar em serviço, porque acreditamos que aquilo que fazemos com o coração, com a nossa verdade, volta multiplicado. Esse trabalho foi também uma forma de agradecer e de nos conectarmos com algo muito maior”, diz Ana Paula.

As irmãs e arquitetas Ana Paula e Juliane ao lado do padre Luciano (Foto: Zuciane Peres / A Gazeta)

Segundo elas, com o aval do padre Toller, a ideia foi criar um lugar acolhedor, que pudesse ser utilizado por toda a comunidade, tanto por aqueles que buscam rezar e refletir quanto por quem procura um momento de paz. “Sabíamos que seria uma missão importante e, ao mesmo tempo, muito bonita. E tudo caminhou com leveza, porque por trás desse sonho havia uma rede de apoio forte e cheia de propósito. Não podemos deixar de destacar o papel da Lili, sempre presente, atenta e incansável. Esperamos que o bosque seja cuidado com o mesmo afeto com que foi pensado e que se torne parte das boas memórias de todos”, menciona Juliane.

Além da doação delas, houve outras pessoas que foram fundamentais: os Desbravadores. Foram eles, um grupo de voluntários, que desde o começo aceitaram a ideia e ajudaram a construir o bosque. Claro, a parte técnica ficou a cargo dos pedreiros, mas muito do que está no bosque tem as mãos deles, que, mesmo sob chuva forte ou sol, compareciam ao local quase todo sábado – e até em outros dias da semana – para ajudar no que fosse preciso. O que resultou numa grande família, afinal, os voluntários passaram mais de um ano envolvidos com a obra. “Sempre que a gente vinha aqui fazer alguma coisa, conversando com o padre, ele sempre falava de uma maneira tão carinhosa sobre os Desbravadores, que eu nunca vi ele falar de ninguém assim”, diz, emocionada, Ana Paula.


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