Padre Fidélis: 30 anos de saudade e um legado eterno em São Bento do Sul

Terezinha Serafim se lembra muito bem do dia 6 de abril de 1995. Para ela, seria mais um dia comum. Estava trabalhando na secretaria da Paróquia Puríssimo Coração de Maria, mas o que ela não imaginava era que, naquele dia, por volta do meio-dia, receberia a notícia de que o padre Fidélis Tomelin havia falecido. “Eu chorei bastante”, recorda.

E não foi apenas ela que ficou comovida, pois a morte gerou comoção no município. Neste domingo (6) fez 30 anos de sua partida e, até hoje, ele é lembrado. Muitos dizem que foi o padre que mais marcou a história no município, e seu legado segue vivo através das gerações.

Foi ele, lá na década de 1950, quem capitaneou a construção da imponente Igreja Matriz do Centro. Viveu por 45 anos em São Bento do Sul, cidade que escolheu como lar até o seu último suspiro.

Terezinha, ou Zinha, como muitos a conhecem, conviveu com o padre Fidélis por 18 anos, entre 1977 e 1995, quando trabalhou como cozinheira e secretária paroquial na Matriz. Ela, hoje com 81 anos, tem boas memórias daquele período.

Zinha lembra o fato de que o padre Fidélis nunca aceitou ser transferido para outra cidade, sempre permanecendo em São Bento do Sul. Afinal, foi aqui, em terras são-bentenses, que ele acolheu o povo, e o povo o acolheu. Além da Igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria, ele construiu outras capelas na região. Para conseguir os recursos, pedia doações nas empresas e até mesmo aos moradores, que sempre ajudavam.

Após a morte do padre, Zinha continuou trabalhando na secretaria paroquial até 2001, quando se aposentou. Entre as lembranças daquela época, ela guarda uma panela que o próprio padre Fidélis lhe deu de presente. O recipiente continua guardado até hoje, como recordação de um tempo que não volta mais.

No jornal impresso deste sábado (5) e domingo (6), você confere mais detalhes, relatos, momentos e curiosidades sobre o padre Fidélis, com muitos outros detalhes de quem conviveu com ele em São Bento do Sul.