Em uma convenção tumultuada, com empurra-empurra no começo e trocas de acusações entre membros da diretoria, o PPS de São Bento do Sul bateu o martelo e definiu que estará na coligação encabeçada pelo PP neste ano por 24 votos a favor e 18 contrários. Cerca de 70 pessoas participaram do evento, quinta-feira à noite (29), inclusive representantes de outros partidos, como de PP, PMDB, PSD, PR, entre outros.
Para mediar os debates, integrantes da executiva estadual do PPS estiveram em São Bento coordenando os trabalhos. Mesmo assim, nos discursos de pré-candidatos a vereador, as críticas ao presidente Mauri Pereira foram intensas. O tesoureiro do partido, Adriano Cubas, inclusive o acusou de ter falsificado uma ata e de ter vendido o partido por um cargo na Prefeitura.
Pereira ainda tentou se defender, dizendo que todas as negociações foram realizadas pensando no partido, pois outro item aprovado na convenção foi uma coligação com o PSB na proporcional, partido que possui alguns pré-candidatos considerados importantes quanto à expectativa de votos. “Coligando com o PSB dificilmente vamos conseguir eleger o nosso vereador, vamos trabalhar para eleger o deles”, disse.
O presidente ainda se defendeu das acusações de ter falsificado uma ata do partido, quanto a um evento que teria sido realizado na casa dele, dia 19. “Falar que é falsa é fácil. Mas quero ver provar”, desafiou. Entre os pré-candidatos que discursaram, o entendimento de que o PPS deveria coligar com o PP foi unânime, tanto que reuniões para tratar deste assunto haviam sido realizadas recentemente.
Após a votação, ainda foi apresentada a lista de pré-candidatos ao Legislativo pelo partido e realizado o sorteio dos números. Outras siglas além do PSB devem compor a coligação.
Polêmicas
O PPS de São Bento do Sul, apesar de não ter candidato a prefeito, ganhou destaque nos últimos dias por conta da decisão anunciada pelo presidente, Mauri Pereira, de apoiar o PMDB e coligar com o PSD na proporcional. No entanto, membros da diretoria do partido e pré-candidatos não gostaram do anúncio, em especial, reclamando que não haviam sido consultados. Eles então se mobilizaram para garantir que o apoio ao PP fosse efetivado por meio da convenção da sigla, realizada nesta quinta-feira.