Em busca de um total de 1,6 mil assinaturas, o que equivale a cerca de 5% do total de habitantes de Rio Negrinho, a entidade “Comunidade Participativa de Rio Negrinho”, junto com a organização não governamental “Vigilantes da Gestão”, de Curitiba, pretende viabilizar – através do projeto “Vereador não é profissão” – a criação de um projeto de lei de iniciativa popular a ser levado para votação na Câmara de Vereadores e que sugere a redução dos atuais subsídios dos vereadores a um salário mínimo.
A primeira iniciativa pública do movimento aconteceu no sábado (21), na Praça do Avião, e de acordo com Leandro Araújo, um dos integrantes da entidade, o objetivo central é afastar das eleições os oportunistas que fazem da política uma profissão. “A iniciativa busca também gerar economia e racionalidade nos gastos públicos, melhorar o sistema eleitoral, promover a inclusão política dos grupos sub-representados e aperfeiçoar a democracia direta através do Controle Social”, destaca.
Uma vez juntadas as 1,6 mil assinaturas para a criação do projeto de lei de iniciativa popular, o mesmo daria entrada no legislativo e obrigatoriamente, com amparo na legislação, terá que ir a votação, podendo ser aprovado ou rejeitado. Uma vez aprovado o projeto entraria em vigor a partir do próximo ano, e os vereadores passariam a receber mensalmente um salário mínimo – que é atualmente de R$ 880.
Hoje, cada vereador rio-negrinhense recebe líquido R$ 3.340. Já o presidente da Câmara recebe R$ 4.746. “Se alguém me perguntasse hoje se essa diminuição no salário não poderia acarretar em mais corrupção dentro da política eu poderia responder que não, uma vez que com esse subsídio automaticamente o número de pessoas dispostas a concorrer a cargos eletivos passaria por uma diminuição também”, acredita Araújo.