Na semana passada foi realizada a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Piên e o clima foi tenso por conta do resultado. Diferente do que se esperava, o presidente Antônio Carlos Ramos (PT), o Taxinha, não conseguiu ser reeleito. Perdeu para o vereador Leonides Mahs (PR), porém, a vitória do concorrente ocorreu somente porque o vereador Arlindo Machado (PSDB) teria votado errado.
Machado já conversou com Taxinha e reconheceu o erro que considera grave na votação. Como participou das negociações com a participação do vereador Ilmo da Maia, diz que seu voto foi na chapa dois, contrária ao acerto que havia feito com Taxinha e com a colega de bancada, a tucana Jaquelini Marques. “Naquela pressão que a gente estava, tenho diabetes e pressão alta, não consegui nem ler o papel direito. Apenas vi o nome do Ilmo e votei na chapa dois. É difícil na hora a gente fazer tudo como precisa ser feito”, reconheceu.
Agora, uma proposta para revisar os resultados, levando em conta o reconhecimento do vereador sobre o erro no voto, deve ser protocolado nesta semana. Além disso, outro problema foi apontado como suspeito e passível de revisão do resultado é a participação de Ilmo da Maia (PR) na disputa. Ele estava inscrito nas duas chapas.
Dupla participação
O resultado da eleição está sendo questionado por conta da participação do vereador Ilmo da Maia, que assinou para disputar pelas duas chapas inscritas. “O regimento não prevê isso, não admite, mas também não proíbe. Mas algumas situações nós vamos ter que mudar. Vamos debater o registro de chapas com antecedência para evitar o desgaste e a pressão psicológica. Faço parte da base e fui fiel ao projeto proposto desde o início. Me chamou a atenção a manifestação de algumas pessoas do Executivo, incluindo o prefeito, contentes com a vitória do Leonides. Sou da base de apoio, não esperava essa reação”, disse o presidente, Antônio Ramos.
Taxinha diz que ficou contente com o resultado do seu trabalho, que foi correspondido pela equipe da Câmara. A vitória não aconteceu em função de um suposto equívoco de um dos vereadores, que votou na chapa contrária ao que havia acertado. Além disso, Taxinha estava seguro de que o resultado seria favorável, inclusive com apoio, assinado em requerimento, do vereador Elio Irineu Taborda (PDT), que subitamente mudou de lado. “Ele estava na chapa como nosso vice-presidente. Mas em cima da hora acabou mudando. Isso é que me surpreende na política; tem negociações que a gente, mesmo estando dentro da política, não entende”, encerra.